sexta-feira, 22 novembro 2024

Caiu? Rescisão e multa de R$ 2 mi

Próximo de participar do processo de escolha da empresa que comandará o departamento de futebol profissional do Guarani, o empresário Nenê Zini protocolou na última segunda-feira toda a minuta de sua proposta na secretaria geral do clube. De acordo com o documento no qual o TODODIA teve acesso, o acordo prevê rescisão caso o clube seja rebaixado para a Série A-2 do Campeonato Paulista em 2021, além de uma multa de R$ 2 milhões ao Bugre. Entretanto, se o time campineiro subir para primeira divisão nacional e for rebaixado no Paulista, a empresa não paga a multa.

Se o projeto for aprovado, existiria um prazo de 45 dias para que a cogestão entrasse em vigor. O acordo vigoraria por três anos.

Também está estipulado que caso as receitas disponibilizadas ao Guarani não seja suficientes para montar um time de futebol competitivo, a empresa seria responsável por fazer os aportes necessários. Há poder de veto por parte do clube em relação a contratações de atletas que tenham histórico negativo no mercado, segundo o texto da cláusula 2.4. O clube teria poder de veto nas contratações de técnicos também. Após tomar posse, todos os débitos trabalhistas e cíveis serão de responsabilidade da empresa arregimentada por Nenê Zini. Já as dividas anteriores à cogestão ficarão nas mãos do clube.

Quanto aos recursos financeiros, a administração é dividida em várias partes. A cláusula 3.1 afirma o seguinte: “Durante a temporada esportiva de 2018, o Guarani fará um aporte mensal no departamento de futebol no valor R$ 500 mil cuja gestão caberá a empresa”

Em consulta a reportagem do TODODIA, o empresário Nenê Zini afirma que a operação seria um complemento do orçamento já aprovado para esse ano em vigor. Além disso, ele lembra que muitos jogadores do elenco profissional já tem parte dos seus salários pagos pelos clubes de origem.

DIVISÃO
Na questão da divisão das receitas a serem direcionados para o departamento de futebol, a proposta é a seguinte: ao se tomar como exemplo, o valor de R$ 100, o total de R$ 20 seria destinado aos pagamentos de dívidas judiciais. Dos R$ 80 restantes, 70% ficariam com a nova gestora e 30% com o Guarani. Ou seja, ao se tomar como exemplo hipotético de R$ 100 e já descontado os R$ 20 para questões judiciais, o Guarani ficaria com R$ 24 (30% de R$ 80) e a gestora com R$ 56 (70% de R$ 80).

“(…) Caso o Guarani, em função das penhoras judiciais impostas, aporte valor inferior ao que deveria aportar, nos termos do item 3.3 acima e o valor das referidas penhoras supere 20% da receita devida, o Guarani se compromete a integralizar o valor excedente com recursos próprios”, diz o texto.

Na questão de negociação de jogadores, a proposta é que 80% do valor arrecadado fique com a empresa e os 20% sejam destinados ao Guarani.

Outro ponto que chama atenção no contrato é o fato de que caso o time seja rebaixado para a Série A-2 do Campeonato Paulista de 2021, o contrato será rescindido e uma multa de R$ 2 milhões terá que ser paga ao Guarani. Porém, se subir para a elite nacional no mesmo ano, a empresa não paga a multa, mesmo que caia para a A-2 do Paulista.

O documento foi enviado aos conselheiros para que seja feita a análise na reunião de amanhã.

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