quinta-feira, 25 abril 2024

Carrasco do Palmeiras acaba com sonho do bicampeonato da Libertadores

Mais uma vez, o Palmeiras viu seu sonho de conquistar a América pela segunda vez adiado. Com o empate em 2 a 2 com o Boca Juniors ontem (31), no Allianz Parque, o time argentino se classificou para enfrentar o River Plate na decisão da Libertadores, considerado um dos maiores clássicos do mundo.

O carrasco palmeirense, o jogador Benedetto, que entrou, como no jogo de ida, no segundo tempo, empatou o jogo e deixou o Palmeiras em situação mais complicada ainda. Ele marcou três gols da semifinal. Em Buenos Aires, foram dois. Em São Paulo, um, depois de ficar meses sem marcar pelo time argentino, e se tornar um dos principais ícones da classificação do Boca Juniors, para a final, que acontecerá em duas partidas.

A primeira, está marcada para a próxima quarta-feira (7), em La Bombonera. A volta será em 28 de novembro, mas a data pode ser mudada. A polícia de Buenos Aires quer adiar o confronto por causa da cúpula do G20 (reunião de países desenvolvidos e emergentes) que acontece na capital a partir do dia 30.

A partir de 2019, a final da Libertadores será disputada em jogo único, em estádio decidido com antecedência pela Conmebol. No próximo ano, será em Santiago, no Chile.

O Boca Juniors tem a chance de chegar ao sétimo título e se igualar ao Independiente como maior campeão da Libertadores. O River Plate tem três conquistas. É a primeira vez que dois argentinos decidem a mais importante competição do continente. Será apenas a segunda final de torneios de expressão entre Boca e River na história.

Será também um confronto entre dois estilos. Sob o comando de Marcelo Gallardo, o River ganhou fama como uma equipe técnica, de toque de bola. O Boca Juniors chega à final com aplicação e luta, apesar de ter várias opções ofensivas.
Carlos Tevez, campeão da Libertadores pelo próprio Boca em 2003, passou os 180 minutos da semifinal contra o Palmeiras sentado no banco de reservas. Ele não tem boa relação com o técnico Guillermo Schelotto. “Esta final vai parar o país. Quem ganha terá a glória. Quem perde, terá de aguentar o rival por muito tempo”, disse Pablo Pérez após a partida.

O JOGO
Depois de perder por 2 a 0 a primeira semifinal, na semana passada, o Palmeiras precisava vencer por três gols de diferença para se classificar ou devolver o placar para levar a decisão para os pênaltis. Embora tenha criado chances para fazer os gols de que precisava, os brasileiros falharam na defesa, especialmente Luan e Felipe Melo, e não conseguiram terminar a partida sem serem vazados.

Luan e Gustavo Gómez (de pênalti), marcaram para o Palmeiras. Ábila e Benedetto anotaram para o Boca.
Benedetto repetiu a fórmula que já havia apresentado em Buenos Aires. Saiu do banco de reservas para fazer gol.

O Palmeiras passou o jogo inteiro nervoso e correndo atrás do Boca. A irritação só aumentou depois que o árbitro colombiano Wilmar Roldán anulou (de maneira correta) gol de Bruno Henrique no início da partida, com ajuda do VAR. Ficou pior quando Ábila abriu o placar para os argentinos.

A decepção foi tão grande que alguns torcedores que estavam no Allianz deixaram o estádio no intervalo. Foram xingados por quem estava fora da arena e não havia conseguido ingresso.

O Palmeiras não se acalmou nem quando conseguiu a virada que o deixou a dois gols da classificação. Quando Benedetto marcou, em lance que foi quase uma fotocópia do que havia feito em La Bombonera, o sentimento passou a ser de resignação.

Com Deyverson no ataque e Lucas Lima na armação, a tendência do Palmeiras, principalmente no primeiro tempo, foi buscar a bola aérea. A única vez que deu certo foi quando chegou a Bruno Henrique na área, mas ele desperdiçou. O Boca contava com a velocidade de Villa pela direita para incomodar e por causa disso chegou ao primeiro gol. A maior aposta era Pavón na esquerda, mas assim como havia acontecido em La Bombonera, ele teve atuação apagada.

Sobrou para o Palmeiras ser campeão brasileiro. Tem quatro pontos de vantagem na liderança, a sete rodadas do fim. No sábado (3), receberá o Santos.

PALMEIRAS
Weverton; Mayke, Luan, Gustavo Gómez, Diogo Barbosa; Bruno Henrique (Moisés), Felipe Melo (Gustavo Scarpa), Lucas Lima, Dudu; Willian (Borja), Deyverson. T.: Luiz Felipe Scolari
BOCA JUNIORS
Rossi; Jara, Izquierdoz, Magallán, Olaza; Barrios, Nández, Pérez (Gago); Villa, Ábila (Benedetto), Pavón (Zárate). T.: Gustavo Schelotto
Estádio: Allianz Parque, em São Paulo
Juiz: Wilmar Roldán (Colômbia)
Cartões amarelos: Felipe Melo, Luan, Gustavo Gómez e Deyverson (Palmeiras); Ábila e Pérez (Boca Juniors)
Gols: Ábila, aos 17min do primeiro tempo, e Benedetto, aos 25min do segundo tempo (Boca Juniors; Luan, aos 7min, e Gustavo Gómez, aos 15min do segundo tempo (Palmeiras)

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