Em noite fria na capital paulista, Corinthians e São Paulo fizeram um jogo gelado e não passaram de um fraco 0 a 0 pelo Campeonato Brasileiro
Em uma noite com temperatura de 9º C e sensação térmica de 7º C na capital paulista, Corinthians e São Paulo fizeram um duelo também frio nesta quarta-feira (30). O clássico na Neo Química Arena, em Itaquera, teve poucas chances de gol e terminou empatado por 0 a 0.
O resultado na zona leste paulistana não foi comemorado por nenhum dos lados, que não fazem um bom início de Campeonato Brasileiro. A situação tricolor é a mais complicada. Passadas oito rodadas, o time ainda não venceu nenhuma vez e está na parte vermelha da tabela, na 17ª posição, com cinco pontos.
Os corintianos somam dez pontos, estão em décimo na classificação e continuam travados na parte intermediária da tabela. Isso em uma temporada na qual o clube do Parque São Jorge já amargou três eliminações, a mais recente delas na Copa do Brasil, já sob o comando de Sylvinho.
Já o São Paulo esperava ter uma temporada mais tranquila, sobretudo após a conquista do Campeonato Paulista. A taça tirou o time de uma fila de nove anos, mas o jejum no Nacional tem feito o trabalho de Crespo ser questionado.
Foi o 15º Majestoso, como o clássico é conhecido, em Itaquera, e o tabu dos donos da casa foi mantido. Desde a inauguração do estádio, em 2014, os são-paulinos nunca venceram na arena. Agora, são dez vitórias dos corintianos e cinco empates.
Em um jogo amarrado, o primeiro tempo teve apenas uma chance clara de gol, quando Gil cabeceou a bola e acertou a trave. No rebote, Mateus Vital chutou em cima de Tiago Volpi.
A escassez de boas oportunidades era reflexo da postura dos dois times, que demonstravam preocupação primeiramente com o sistema defensivo e só em contra-ataques buscavam os lances mais incisivos.
Enquanto Léo e Luan impediam as subidas de Gustavo Mosquito pela direita do ataque corintiano, setor em que a equipe costuma chegar com mais força, Fagner e Gabriel bloqueavam o espaço que Reinaldo e Liziero tentavam explorar pela esquerda, normalmente o mais criativo do setor ofensivo tricolor.
Nesse jogo de xadrez, apenas bolas alçadas na grande área davam algum trabalho aos goleiros, como no lance em que Gil finalizou. Do lado tricolor, Cássio teve menos trabalho. Faltava às duas equipes trabalhar a bola com mais qualidade, sobretudo no meio de campo.
Nem Sylvinho nem Juan Branda, auxiliar técnico são-paulino que comandou o time na ausência de Crespo, que está com Covid-19, fizeram qualquer mudança no intervalo para mudar esse cenário.
O que se viu no segundo tempo não foi muito diferente. As duas equipes continuaram com uma marcação bem forte, e os goleiros foram pouco exigidos.
O clima só esquentou dentro de campo no último lance, em empura-empurra iniciado por Rodrigo Nestor e Fagner. Nada que mudasse a história do confronto e o placar na zona leste paulistana.
Na próxima rodada, o Corinthians vai encarar o Internacional, no sábado (3), novamente em Itaquera. Já o São Paulo enfrentará o Red Bull Bragantino, no domingo (4), no Morumbi.
CORINTHIANS
Cássio; Fagner, João Victor, Gil e Fábio Santos; Gabriel (Roni), Cantillo e Vitinho; Gustavo Mosquito (Marquinhos), Jô e Mateus Vital (Xavier). T.: Sylvinho
SÃO PAULO
Tiago Volpi; Bruno Alves, Miranda (Diego Costa) e Léo; Igoer Vinícius, Luan (Igor Gomes), Lizieiro (Rodrigo Nestor), Daniel Alves, Benitez (Rigoni) e Reinaldo; Eder (Vitor Bueno). T.: Juan Branda
Estádio: Neo Química Arena, em São Paulo (SP)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Assistentes: Jorge Eduardo Bernardi e José Eduardo Calza (RS)
Árbitro de Vídeo: Adriano Milczvski (RS)
Cartões amarelos: Mateus Vital (COR); Lizieiro (SAO)