O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta segunda-feira (6) que espera anunciar até o fim da próxima semana uma data para a volta do Campeonato Paulista de futebol. Ele ressaltou que a decisão será tomada com o aval da área voltada para os esportes do centro de contingência da Covid-19 no Estado.
Nesta semana, a Federação Paulista de Futebol (FPF) entregará ao governo um protocolo para a retomada dos jogos. Será uma versão complementar do documento que pautou a volta das equipes aos treinos com bola, no dia 1º de julho.
Existe uma preocupação com a data de conclusão do torneio estadual, já que faltam seis rodadas (duas na fase de grupos e quatro na etapa final) para o seu término e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) pretende iniciar o Campeonato Brasileiro no fim de semana do dia 9 de agosto.
Corinthians, Palmeiras, Santos, São Paulo e Red Bull Bragantino são os paulistas na primeira divisão nacional. “Sem concluir [o Paulista], os times de São Paulo não podem participar do Campeonato Brasileiro. Nós estamos levando em conta também isso, os aspectos de saúde e o protocolo que assinamos com a Federação Paulista de Futebol”, disse Doria.
Ele afirmou que não houve consulta prévia da confederação ao governo para definir a data da sua principal competição.
FPF e CBF, porém, discutem nos bastidores a possibilidade de concluir o Paulista em meio ao início do Brasileiro, a depender da data marcada para o retorno do estadual. Clubes e entidades esperam que ele ocorra até o fim de julho, possivelmente no dia 25.
CBF
Horas após a fala do governador de São Paulo, a CBF respondeu em nota oficial nesta segunda-feira. A entidade assegurou que os clubes paulistas da elite concordam inclusive em mudar o local de suas partidas, se necessário. Em seu comunicado, a CBF manifesta que “para preservar estas datas [8 e 9 de agosto], os clubes concordaram em jogar fora de seus domínios, transferindo o seu mando de campo para outra cidade ou estado caso o seu local de jogo não esteja liberado nas datas de início das competições”. Segundo a entidade, tal decisão contou com o apoio de 19 dos dos 20 clubes do Brasileirão, “incluindo todos os de São Paulo” no caso Red Bull Bragantino, Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo.