quarta-feira, 1 maio 2024

Felipão se aproxima de redenção no Brasil

Muitos pensaram que, após o 7 a 1 na Copa do Mundo de 2014, a carreira de Luiz Felipe Scolari, 70, nunca mais teria sucesso em nada relacionado ao futebol brasileiro. Contudo, em seu retorno ao Palmeiras, o treinador vem provando que essa expectativa não era verdadeira.

O Paraná, adversário de hoje, pela 35ª rodada, é o único time que Felipão ainda não enfrentou neste Campeonato Brasileiro. No torneio, o técnico ainda não foi derrotado: tem como pior resultado até agora quatro empates, contra Atlético-MG, Flamengo, Internacional e América-MG (sua estreia).

Nas 18 partidas que disputo, o treinador registra um aproveitamento de 85,1%, número superior ao de todos os times campeões da era dos pontos corridos.

Apesar de não ter chances de comemorar o título hoje, a partir do jogo contra o América-MG, na quarta-feira, o Palmeiras já terá a possibilidade de levantar a taça.

Para isso, precisa aumentar a diferença para o vice-líder, Internacional, em mais dois pontos (hoje cinco pontos separam as equipes) e não ver a distância para o terceiro colocado, o Flamengo, diminuir.

Scolari está perto de se tornar o treinador mais velho a conquistar o Brasileiro na era dos pontos corridos (desde 2003). E com folga. Depois dele, o campeão com idade mais avançada é Antônio Lopes, que venceu com o Corinthians em 2005 aos 64 anos. Na sequência vem Abel Braga, que tinha 60 quando triunfou com o Fluminense em 2012.

Um dos segredos do sucesso, além do respeito de que Felipão desfruta dentro clube alviverde e de sua idolatria pela torcida, são as alterações táticas feitas por ele em relação ao time do técnico anterior, Roger Machado.

Com ele, o Palmeiras procurava valorizar a posse de bola e fazia infiltrações. Muitas vezes, tinha o controle do jogo com a posse até marcar o gol. Na frente no placar, se posiciona defensivamente e apostava nas transições rápidas.

A equipe também buscava apresentar muita intensidade no início dos dois tempos.

Com Felipão, o Palmeiras abusa do jogo extremamente direto, sem muitas trocas de passes. Os volantes e meias fazem lançamentos longos para o trio Dudu, Willian e Borja ou Deyverson, com quem o time usa ainda mais a jogada.

Desde que assumiu o comando da equipe, Scolari promoveu um rodízio de jogadores na equipe em função da sequência de jogos, utilizando 25 dos 28 atletas do elenco.

O treinador também fez mudanças na escalação. Titular com Roger Machado, o lateral direito Marcos Rocha, com características mais ofensivas, perdeu espaço para Mayke.

Ainda no sistema defensivo, Antônio Carlos e Edu Dracena, que eram titulares com o antigo comandante e até eram os preferidos pelo pentacampeão mundial, perderam a vaga. Hoje, a dupla titular é formada por Luan e Gómez.

“Sai um jogador, entra outro, e se mantém o nível de atuação. Como o Felipão nos disse, não tem 11 titulares, e sim 28”, declarou Dracena.

O técnico também deu mais oportunidades para Deyverson, que foi contratado no ano passado por indicação do então comandante, Cuca.

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