sexta-feira, 19 abril 2024

‘Fui covarde’, diz preso pela morte de Daniel

ADRIANO WILKSON E KARLA TORRALBA | FOLHAPRESS
Um dos acusados de participação na morte de Daniel Corrêa, Ygor King, enviou uma carta à irmã, na qual diz que “foi covarde, teve medo e não soube o que fazer” no dia do assassinato do jogador. King foi um dos quatro ocupantes do Veloster preto que levou Daniel para a morte no dia 27 de outubro.

A carta foi enviada de Ygor para a irmã diretamente da cadeia, e sua veracidade foi confirmada pela reportagem por pessoa próxima ao acusado. O relato foi escrito 15 dias depois de Ygor ser preso.

“Meu sonho de ser advogado já era, nada faz mais sentido para mim. As pessoas aí fora acham que sou um monstro e tudo isso porque fui covarde e tive medo. Não soube o que fazer, fiquei apavorado”, diz a carta.

Ygor também escreve: “só quero que vocês entendam e acreditem em mim que eu não tive participação nenhuma”.
Em outro trecho, Ygor fala da festa na casa da família Brites, onde começou o espancamento de Daniel antes de ser levado de carro. Além de Ygor King, Edison Brittes, David Vollero e Eduardo Henrique da Silva estavam no Veloster. Todos estão presos preventivamente e são réus por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.

Brittes, o Juninho Riqueza, confessou ter matado e cortado o pênis do jogador. A mulher e a filha de Juninho, Cristiana e Allana, também estão na cadeia.

“Só quero que você saiba que eu não tenho nada a ver com isso. Infelizmente eu estava no lugar errado e na hora errada, tenho pesadelos todos os dias, não durmo bem, não consigo entender por que estou nesse lugar, por uma coisa que eu não fiz”, relata Ygor King.

Segundo pessoas próximas a Ygor King, ele e Allana Brittes estudaram juntos, mas perderam o contato, que foi retomado 28 dias antes do crime, quando Allana foi ao enterro do irmão de criação de King.

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