sábado, 27 abril 2024

Justiça dos EUA condena Marin

A Justiça americana condenou ontemo ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) José Maria Marin, 86, a 48 meses de prisão e a pagar multa de US$ 1,2 milhão por receber propinas e lavar dinheiro no escândalo de corrupção da Fifa.

Marin foi condenado depois de um julgamento de 3 horas pela juíza Pamela Chen, que ordenou ainda o confisco de US$ 3,3 milhões do cartola.

Dos 48 meses estipulados inicialmente, Marin terá que cumprir apenas 28. Sete foram removidos da sentença por bom comportamento e outros 13 meses que o cartola já está preso devem ser computados.

A multa de US$ 1,2 milhão será dividida em seis parcelas, que começarão a ser pagas seis meses depois de 20 de novembro, quando a juíza fará nova audiência para decidir sobre a restituição.

As acusações no chamado Fifagate englobam ações de suborno, fraudes e de lavagem de dinheiro. Os cartolas teriam recebido pagamentos ilegais, que começaram em 1991 e atingiram duas gerações de dirigentes e executivos, que movimentaram mais de R$ 564 milhões.

Parte desse dinheiro foi pago para obtenção de vantagens por empresas para terem os direitos de transmissão de partidas das eliminatórias do Mundial.

RESTITUIÇÃO
A CBF não pediu restituição dos valores que teriam sido desviados pelo ex-presidente José Maria Marin no caso Fifagate.

Pelo cronograma da Justiça de Nova York, a CBF tinha até o dia 6 de agosto para submeter um documento dizendo ser vítima dos crimes cometidos por Marin, cuja sentença foi publicada ontem.

A corte nova-iorquina, porém, não recebeu nenhuma solicitação da confederação brasileira.

Fifa, da Concacaf (confederação das Américas Central e do Norte) e da Conmebol (confederação sul-americana) oficializaram pedidos para receber restituições por desvios por seus dirigentes, que foram apontados na investigação das autoridades dos EUA.

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