segunda-feira, 25 novembro 2024

Palmeiras desafia o River na Argentina

A Libertadores conquistada pelo Palmeiras em 1999 consagrou alguns dos grandes ídolos do clube. Foi assim com o ex-meia Alex, decisivo no segundo jogo da semifinal contra o River Plate (ARG), quando fez dois gols na vitória por 3 a 0 – naquela que considera como sua maior atuação pela equipe alviverde.

Nesta terça-feira (5), a histórica exibição do ex-camisa 10 ficará ainda mais viva na memória dos palmeirenses no momento em que o time paulista e a equipe argentina se enfrentarem novamente pelas semis do torneio continental, às 21h30, em Avellaneda (SBT e Conmebol TV transmitem).

Assim como há 22 anos, o duelo de ida ocorre em Buenos Aires – o Monumental de Núñez está fechado para obras -, enquanto a volta será em São Paulo, dia 12, também às 21h30, no Allianz Parque. Espera-se um confronto equilibrado. O Palmeiras teve a melhor campanha geral da primeira fase, com 16 pontos somados de 18 possíveis e está invicto na competição, com oito vitórias e dois empates.

Do outro lado, o River apresenta desempenho semelhante, com sete vitórias, dois empates e uma derrota. A equipe busca nesta edição a sua terceira final consecutiva – foi campeão em 2018 e vice em 2019, ao ser batido pelo Flamengo na decisão.

Na trajetória alviverde rumo àquele que ainda é o seu único título da Libertadores, eliminar o time argentino, um dos mais tradicionais do torneio, na época bicampeão – atualmente, dono de quatro troféus continentais (1986, 1996, 2015 e 2018) -, coroava uma caminhada quase irreparável.

Na primeira fase, passou por um grupo difícil, com Cerro Porteño (PAR), Olimpia (PAR) e Corinthians. Nas oitavas e nas quartas de final, a equipe eliminaria o Vasco e o Corinthians, respectivamente. “O River Plate era só o carimbo [de que o Palmeiras era candidato ao título]”, relembra Alex em entrevista à reportagem.

Mesmo a derrota no jogo de ida, por 1 a 0, quando Sergio Berti definiu o placar, traz boas recordações aos palmeirenses. Diante de um Monumental de Núñez lotado, Marcos fez uma série de defesas com alto grau de dificuldade, reforçando o apelido de São Marcos que passou a carregar durante a competição.

Dominante naquela partida, a equipe argentina era formada por atletas de destaque, como Bonano, Sorín, Astrada, Pizzi, Juan Pablo Ángel e Saviola, sob o comando de Ramon Díaz. Atual técnico do River, Marcelo Gallardo era o camisa 10.

Além de Marcos e Alex, o elenco alviverde também contava com nomes de ponta: Júnior, Arce, Júnior Baiano, Roque Júnior, César Sampaio, Zinho, Paulo Nunes e Evair. Luiz Felipe Scolari comandava a equipe.

A diferença mínima na Argentina foi superada pelo Palmeiras ainda no primeiro tempo da partida de volta, no antigo Palestra Itália. Num intervalo de dois minutos, Alex abriu o placar aos 16 e Roque Júnior ampliou aos 18.

Já era o suficiente para o time paulista avançar à final, na qual venceria o Deportivo Cali (COL), mas Alex ainda marcaria mais um gol, aos 42 da etapa complementar.

RETROSPECTO

A atual edição da Libertadores ofereceu menos dificuldades ao Palmeiras, que enfrentou adversários de menor expressão no cenário continental até chegar às semifinais.

Avançou ao mata-mata como líder do Grupo B, à frente de Guaraní (PAR), Bolívar (BOL) e Tigre (ARG). Nas oitavas, passou pelo Delfín (EQU) e, nas quartas, superou o Libertad (PAR).

Diante do River, o atacante Gabriel Veron, recuperado de uma lesão na coxa direita, deverá retornar à equipe. O Meio-campista Zé Rafael também ficará à disposição.

Gallardo poderá ter o desfalque do lateral esquerdo Milton Casco. Quem avançar pegará o vencedor de mais um confronto entre brasileiros e argentinos. Boca Juniors e Santos iniciam a disputa pela outra vaga na decisão na quarta (6), em Buenos Aires, às 19h15.

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