Um dia após utilizar o telefone e comunicar sua intenção de renunciar ao cargo de presidente do Guarani, Palmeron Mendes Filho afirmou ontem que em nenhum momento pensou em abandonar o Conselho de Administração e a função para o qual foi eleito. O dirigente afirma que apenas externou uma “vontade de renunciar”, mas garantiu que isso não vai se concretizar.
“Não houve renúncia e nem haverá, justamente o contrário. Estamos fortes e unidos. O Conselho de Administração reconhece a decisão do Conselho Deliberativo. Não haverá assembleia no próximo dia 13. O Conselho é soberano. O Guarani é muito grande porque respeita as instituições, da qual eu classifico a assembleia de sócios, pois representa a torcida”, afirmou em entrevista coletiva.
Palmeron acredita que sua declaração não foi interpretada da “maneira correta”. “É meu amigo e confidente (o conselheiro que recebeu a mensagem). Não existiu mensagem no teor de renúncia de Palmeron e Assis. O que eu externei é que dá vontade de renunciar, mas isso não aconteceu e nem acontecerá”, assegurou.
ENTENDA O CASO
O presidente demonstrou resignação em aceitar o cancelamento da Assembleia de Sócios do dia 13 de agosto, que escolheria entre o empresário Roberto Graziano e um pool de empresas formado pelo empresário de futebol, Nenê Zini, para comandar o futebol do Bugre. Na noite de quinta-feira, enquanto ocorria reunião do Conselho Deliberativo sobre o tema, ele teria feito o pedido de renúncia via telefone, mas a decisão não foi registrada em ata.
“A decisão de assembleia tem de ser respeitada. Na sequência, aparece o Conselho Deliberativo, o Conselho Fiscal e o Conselho de Administração para servir o clube. Nós respeitamos e acatamos as decisões”, disse o dirigente.
O Conselho Deliberativo derrubou a assembleia por 28 votos a 25. Palmeron assegurou que Nenê Zini continuará no auxilio do departamento de futebol, assim como Roberto Graziano.