A promotoria e Juizado do Torcedor, sediado em São Paulo e chefiado pelo promotor Paulo Castilho, recebeu ontem um ofício de autoria da Ponte Preta pedindo a realização de uma investigação sobre a conduta do integrante do Conselho de Administração do Guarani, Gilberto Moreno. O documento aponta que após o dérbi do último sábado, Moreno levantou um cartaz provocativo contra a Alvinegra campineira durante entrevista do volante Ricardinho a uma emissora de televisão.
O documento só passará a ser analisado a partir de hoje, pois o promotor já tinha saído do seu gabinete após a chegada do documento, conforme informaram funcionários do setor. A reportagem do TODODIA apurou que uma das hipóteses é enquadrar Moreno no artigo 41, que no seu item B prevê punições para quem incitar a violências no interior dos estádios.
O diretor jurídico da Ponte Preta, Giuliano Guerreiro, esclareceu que a intenção foi provocar o promotor para se manifestar e se for o caso tomar providências. “Só após a apuração dos fatos é que ele decidirá quais providências serão tomadas”, afirmou o dirigente.
O presidente do Guarani Palmeron Mendes Filho considera que tudo é uma tempestade em copo d´água. “Foi um ato isolado que não deveria ter recebido tanta ênfase como lhe foi dado. Vamos aguardar e apresentar a defesa necessária”, disse.
No entanto, Palmeron não deixa de chamar a atenção para o fato de que quatro integrantes da delegação que estiveram no Moisés Lucarelli estão intoxicados por causa de uma camada de tinta fresca existente no vestiário. “Este ato é igualmente grave, mas não estamos dando ênfase para não fomentar mais discussão. Antes do jogo os fiscais da CBF compareceram em nosso vestiário e confirmaram o forte cheiro de tinta”, disparou.
O presidente da Ponte Preta, José Armando Abdalla disse que a pintura foi feita com oito dias de antecedência e que os delegados aprovaram a condição dos vestiários.