sexta-feira, 19 abril 2024

Tandara se defende de caso de doping e fala em ‘acidente’

A jogadora alegou inocência e disse que a substância entrou “acidentalmente no organismo”  

Tandara (11) foi corta da seleção brasileira de vôlei que disputa as Olimpíadas de Tóquio – Reprodução/Instagram

A jogadora Tandara Caixeta, da seleção brasileira feminina de vôlei, se pronunciou nesta sexta-feira (6) pela primeira vez sobre o caso de doping que resultou em sua suspensão preventiva. Em nota divulgada nas redes sociais, a jogadora alegou inocência e disse que a substância entrou “acidentalmente no organismo”.

“Confiamos plenamente que comprovaremos que a substância Ostarina entrou acidentalmente no organismo da atleta e que não foi utilizada para fins de performance esportiva”, diz o comunicado assinado pelo advogado Marcelo Franklin.

Veja o comunicado publicado no perfil de Tandara no Instagram:

Na noite dessa quinta-feira (5), Tandara foi suspensa provisoriamente por potencial violação de regra antidopagem. A jogadora deixou a seleção brasileira feminina de vôlei e retornou ao Brasil. Em nota, o COB afirmou que foi notificado pela ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem) quanto à suspensão provisória de Tandara. O teste foi realizado em 7 de julho. A substância não havia sido revelada.

No entanto, na manhã de hoje, a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) informou em nota que havia sido constatada a presença substância Ostarina, um anabolizante. Apesar do caso envolvendo Tandara, uma das principais jogadoras da seleção brasileira, a equipe venceu a Coreia do Sul e enfrentará os Estados Unidos na luta pelo ouro nas Olimpíadas de Tóquio.

A defesa de Tandara destacou que “até o momento, sequer foi analisada a contraprova da urina da atleta” e que “recentemente, inúmeros atletas no Brasil foram vítimas de incidentes envolvendo a Ostarina”.

“(…) salvo melhor juízo, não se afigura razoável qualquer pré-julgamento de uma atleta íntegra, sem quaisquer antecedentes e que há anos contribui para as conquistas do vôlei brasileiro”, aponta a nota.

O documento ainda reforça que a atleta não irá se pronunciar sobre o caso. “Tendo em vista o segredo de justiça imposto ao processo, em respeito à ABCD e ao TJD-AD, por nossa orientação, a atleta Tandara Alves Caixeta não se pronunciará até a decisão final sobre o caso.”

Substância tem venda proibida

Segundo o médico Alexandre Hohl, presidente do departamento do de endocrinologia feminina e andrologia da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), a sustância Ostarina tem venda proibida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e não está na composição de nenhum outro medicamento.

O técnico Zé Roberto e companheiras de Tandara na seleção brasileira de vôlei relataram que ficaram surpresos com o caso. O treinador contou que conversou com a atleta sobre o caso. Segundo ele, Tandara estava “devastada” e “chorando muito” e negou o uso de qualquer substância ilícita.

“Logo pela manhã, eu conversei com ela. Ela disse: ‘eu estou limpa, não tomei absolutamente nada’. ‘Então vamos pensar na sua defesa, faz a melhor coisa possível'”, contou Zé Roberto.

Caso venha a ser suspensa de forma definitiva, Tandara deve perder os resultados obtidos a partir do dia 7 de julho, até o fim da suspensão, o que inclui os jogos da Olimpíadas. Com isso, caso ela seja de fato punida, ela não receberá medalha olímpica. O time não corre riscos de perder resultados.

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