Protagonista do rebaixamento para a quarta divisão do Campeonato Paulista e envolvido no escândalo de manipulação de resultados no União Barbarense na reta final da Série A-3, o técnico Claudemir Peixoto afirmou que pretende recorrer junto ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) da decisão do pleno do TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) da FPF (Federação Paulista de Futebol) que lhe suspendeu por seis jogos de todas as competições esportivas promovidas pela federação. O posicionamento ocorre um dia depois após o treinador e sete ex-jogadores do Leão da 13 serem condenados. Cabe recurso em todos os casos.
“O advogado já me falou que vamos entrar (com recurso)”, disse o treinador ao TODODIA, que hoje reside no Paraná e trabalha com escolinhas de futebol. Ele não quis revelar o nome da cidade. “Mas isso me atrapalhou para me recolocar no mercado”, lamentou.
Tanto Claudemir Peixoto quanto os atletas estavam inicialmente enquadrados no artigo 243 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que no seu primeiro parágrafo afirma o seguinte: “Se a infração for cometida mediante pagamento ou promessa de qualquer vantagem, a pena será de suspensão de trezentos e sessenta a setecentos e vinte dias e eliminação no caso de reincidência, além de multa, de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais)”, descreve o trecho do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.
Inocentados neste artigo pelos membros do pleno do TJD, os jogadores e o técnico foram enquadrados no artigo 258 que determina punição para quem “assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código (…). PENA: suspensão de uma a seis partidas, provas ou equivalentes, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, e suspensão pelo prazo de quinze a cento e oitenta dias, se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este Código”, determina o texto.
Diante disso, o técnico Claudemir Peixoto, o zagueiro Magno e o atacante Wilker foram punidos com seis partidas; Alex Ferreira, lateral direito, pegou quatro jogos, enquanto os goleiros Waldson e Thiago, os laterais esquerdos Lincoln e Souza e o atacante Rafael Magalhães foram punidos com três partidas.
“Todos concordaram que não tinha fundamento a acusação de manipulação de resultados. E depois fomos julgados por outra coisa”, reclamou o técnico.
Claudemir Peixoto afirma também que a nota distribuída pelo União Barbarense anteontem sobre o caso contém imprecisões. O presidente Jairo Araújo, por sua vez, disse que encaminhará a demanda para o diretor jurídico do clube, Regis Godoy.
Já o jogador Rafael Magalhães disse ao TODODIA que não estava sabendo da decisão e que o caso estava com seu advogado, que não foi localizado até o fechamento desta edição. Os demais atletas também não foram localizados.