quarta-feira, 24 abril 2024

Técnicos se enfrentam por afirmação e futuro

Em má fase no Campeonato Brasileiro, Corinthians e São Paulo se enfrentam hoje, às 17h, em busca de afirmação e para afastar questionamentos sobre seus técnicos, já com o objetivo de projetar 2019.

Cercados de boas expectativas quando contratados e também no início de trabalho, Jair Ventura, 39, e Diego Aguirre, 52, ouviram vaias e gritos de burro recentemente.

Contratado há dois meses para substituir Osmar Loss no Corinthians, Ventura era visto como o treinador ideal para dar sequência ao trabalho realizado por Fábio Carille, que culminou com a conquista de três títulos em 16 meses. Tanto é que assinou contrato até o final do ano que vem.

Com um time desacreditado em função das saídas de Balbuena e Rodriguinho, ele surpreendeu ao eliminar o Flamengo e chegar à final da Copa do Brasil. Na decisão, porém, perdeu os dois jogos para o Cruzeiro. No segundo, em Itaquera, foi criticado pela escalação, sobretudo pela escolha do atacante Jonathas, que estava sem ritmo de jogo e comprometeu a equipe.

Logo após a final, a expectativa da diretoria era que o clube escapasse rapidamente da ameaça de rebaixamento, mas não foi o que aconteceu.

Diante de três rivais diretos (Vitória, Bahia e Botafogo), somou apenas quatro pontos. Ocupa a 12ª posição, com 39 pontos -cinco a mais do que o América-MG, primeiro da zona de rebaixamento.

“O Corinthians não pode nunca olhar para baixo. Não vai ser com uma vitória que vamos olhar para cima ou com uma derrota que vamos olhar para baixo. Vamos fazer nosso melhor”, disse Jair Ventura, que tem o pior aproveitamento entre os três treinadores que comandaram o clube na temporada: 33,3%. Loss teve 46,6%, e Carille, 61,2%.

Uma vitória no clássico é vista como fundamental para o técnico ganhar respiro e deixar o Corinthians praticamente salvo do rebaixamento, já que atingiria 42 pontos.

Já Diego Aguirre chegou ao São Paulo em março, após a demissão de Dorival Júnior. Sob desconfiança após trabalhos curtos no Brasil, onde já dirigiu o Inter em 2015 e o Atlético-MG em 2016, o treinador conseguiu agradar rapidamente a torcida após fazer o time jogar com intensidade e aplicação tática.

Mesmo com a eliminação na semifinal do Paulista, para o Corinthians nos pênaltis, e diante do Atlético-PR, na quarta fase da Copa do Brasil, Aguirre conseguiu ajustar a equipe com a chegada de reforços e a conduziu à liderança do Brasileiro por oito rodadas no total.

O desempenho fez a diretoria pensar em antecipar a renovação contratual, já que o vínculo atual vai até o fim do ano, mas o comandante preferiu adiar as conversas.

No período, o São Paulo caiu de rendimento, e o treinador foi questionado pelas escalações e chamado de burro após a derrota para o Palmeiras por 2 a 0, no Morumbi.

“O objetivo do clube era voltar à Libertadores. Uma coisa normal para o São Paulo, mas que se valorizava. O que aconteceu é que o time ficou acima das expectativas, gerou expectativas. Depois, sofremos derrotas, ficamos longe, e entrou um clima não de frustração, mas de tristeza, porque ficamos longe de uma coisa que vimos de perto por um momento”, disse Aguirre.

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