sexta-feira, 26 abril 2024

Verdão joga sonho do Mundial contra o Boca

Em quase todas as partidas, a torcida do Palmeiras entoa um grito de guerra (copiado do Boca Juniors, adversário de hoje), que afirma ser a Libertadores uma “obsessão”. Mas isso não vale apenas para os torcedores.

É por momentos como esse que a Crefisa, patrocinadora e parceira do futebol, investe cerca de R$ 100 milhões por ano. Pelo modelo de contratações que usou no clube, foi multada por R$ 30 milhões pela Receita Federal.

São noites como esta que podem realizar o sonho da diretoria de levar o clube para o Mundial e buscar o título que falta, embora o Palmeiras reivindique o reconhecimento da Taça Rio de 1951.

Tudo isso estará em jogo quando o Palmeiras entrar em campo hoje para enfrentar o Boca e disputar uma vaga na final, às 21h45, no Allianz Parque.

Depois de perder a primeira semifinal em Buenos Aires por 2 a 0, o time brasileiro precisa vencer por três gols de diferença. Se devolver o placar do jogo de ida, a vaga será resolvida nos pênaltis. Na Libertadores, o gol fora de casa conta como critério de desempate.

Foi com partidas como essa na cabeça que o presidente Maurício Galiotte, após a controversa perda do título Paulista deste ano, disse para o torcedor não se preocupar.

“Vamos brigar por coisas grandes”, prometeu.

A não ser pelos sete minutos finais em La Bombonera, tudo corria como o técnico Luiz Felipe Scolari planejou. O Palmeiras tinha controle da partida. Não ameaçava no ataque, mas não levava sufoco na defesa. Até que o atacante Darío Benedetto entrou e marcou duas vezes.

“O resultado foi muito enganoso. Eles não jogaram para fazer dois gols. O Palmeiras tem time para devolver esse resultado em casa”, analisou o lateral Diogo Barbosa.

Favorito ao título brasileiro, com quatro pontos de vantagem na liderança sobre o Flamengo, a classificação para a final da Libertadores pode fazer com que a conquista nacional se torne um acessório.

Quando o mesmo Luiz Felipe Scolari levou o Palmeiras ao título continental de 1999, a equipe também reverteu resultado desfavorável no primeiro jogo contra rival argentino. Depois de perder para o River Plate por 1 a 0 em Buenos Aires, fez 3 a 0 no antigo Palestra Itália.

“Não vejo nenhum monstro”, disse o meia Alex, ao se referir ao time atual do Boca Juniors. O ex-camisa 10 foi o craque da virada na semifinal contra o River. “O Palmeiras precisa apenas jogar futebol. Em Buenos Aires só se defendeu, agora, precisa empurrar e incomodar o Boca.”

Na decisão daquele ano, a equipe também teve de reverter a vantagem do adversário. Depois de perder na Colômbia por 1 a 0 para o Deportivo Cáli, anotou 2 a 1 em São Paulo e foi campeão nos pênaltis.

Apesar da derrota nos minutos finais em La Bombonera, Scolari não ficou irritado. Fez questão de cumprimentar o chileno Roberto Tobar, juiz da partida. Considerou que foi a melhor arbitragem em um jogo do Palmeiras na Libertadores deste ano.

Como em momento como este vale qualquer lembrança que sirva de alento, jogadores como Luan e Mayke lembraram que neste ano o Palmeiras já venceu o Boca Juniors por 2 a 0. Se repetir este placar hoje, a decisão será nos pênaltis.

Receba as notícias do Todo Dia no seu e-mail
Captcha obrigatório

Veja Também

Veja Também