segunda-feira, 25 novembro 2024

P!nk estreia no Rock in Rio com voo sobre plateia, vozeirão e pedido de casamento LGBT

O dia pop do Rock in Rio culminou em cerca de duas horas esperadas por quase 20 anos, quando boa parte do público que ocupava o Palco Mundo, neste sábado (5), assistia na MTV as primeiras peripécias da carreira de P!nk. Foi a hora de finalmente vê-las ao vivo. Com um currículo de hits do tamanho do festival carioca, seu pop acrobático e energia infinita, a cantora americana fez sua estreia em terras brasileiras com todo o alvoroço justificado por uma versatilidade vocal, física e visual capaz de acertar até o coração mais peludo da plateia.

P!nk começou sua performance com “Get This Party Started”, promovendo um encontro não intencional entre “O Fantasma da Ópera” e “Wrecking Ball”, de Miley Cyrus, enquanto se balançava pendurada em um lustre gigante. Seguiu adicionando a energia de “Cantando na Chuva” à “Beautiful Trauma”, acompanhada por um grupo de dançarinos que passeava por postes de luz.

Em “Secrets”, incorporou o Cirque du Soleil de vez, rodando, ficando de cabeça para baixo e fazendo espacates no ar com um dançarino. Tudo isso sem parar de cantar. O show ganhou contornos de karaokê com as famosas fossas “Who Knew” e “Just Give me a Reason”, de Rock in Rio com a união de “Just a Girl” do No Doubt e “Funhouse”; de culto religioso com “Try” e “I Am Here” e até de matrimônio, quando um fã falou sobre as dificuldades de ser um menino gay em uma cidade pequena e pediu o namorado em casamento.

“Parabéns, os vinte primeiros anos são os piores!”, disse P!nk, que fez vários comentários engraçadinhos ao longo do show. Um vídeo que misturou imagens de personalidades como Barack Obama, Ellen Degeneres e Oprah Winfrey a entrevistas de sua carreira antecipou o ato com músicas mais densas, como o sucesso “F*cking Perfect”.

Em outro momento, um cover de “We Are the Champions”, do Queen, teve como pano de fundo cenas de protestos e de ativistas como a banda Pussy Riot e a jovem Greta Thunberg. P!nk encerrou a versão sacudindo uma bandeira LGBT enquanto a plateia xingava o presidente Jair Bolsonaro. Depois de um show com citações sobre invisibilidade, amor próprio, depressão, feminismo, política, preconceito e mudança, já esperadas para quem acompanha a carreira de P!nk, só faltava a festa com a qual a cantora ficou conhecida.

A parte final do show agrupou as catárticas “Raise Your Glass”, “Blow Me” e “Can We Pretend”. Ela terminou com o mega hit “So What”, quando, presa a cabos, sobrevoou e deu cambalhotas sobre a plateia. Lá no alto, fez o penúltimo show da turnê feminina mais lucrativa da década.

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