quarta-feira, 30 outubro 2024

Apenas uma reflexão

Por Carlos Augusto César (Cafú César), vice-prefeito eleito de Hortolândia
Por
Por Cafú César
Foto: Reprodução / Acervo Pessoal

No último dia 06 de outubro, com o apoio de cada um de vocês, saímos vitoriosos aqui em Hortolândia, conquistando 55% dos votos. Mesmo enfrentando uma campanha difícil, repleta de ataques pessoais e mentiras, conseguimos superar esses desafios com dignidade e respeito. Eu e meu amigo e companheiro de chapa, o prefeito Zezé, somos imensamente gratos pela confiança de cada cidadão e cidadã desta cidade que acreditou em nosso projeto e na força de uma política feita com respeito, trabalho e seriedade.

Neste domingo que passou dia 27/10 encerramos as eleições municipais deste ano de 2024 em todo o país, com as cidades realizando o seu segundo turno. Foram quatro meses muito intensos, desde as convenções em julho até agora. Para quem viveu esse processo, como eu, esses meses trouxeram tanto desafios quanto lições e acima de tudo aprendizado. Estive na linha de frente, senti o peso dos ataques com mentiras, baixarias e fake news. Jornais apócrifos espalharam inverdades que atingiram não apenas a mim, mas também minha família e todos aqueles que me amam, onde eles também sentiram cada golpe e cada injustiça lançada sem fundamento.

Mas tudo isto nos faz ter quer refletirmos: eleição não deve ser momento de guerra, ódio, ataques pessoais e conflitos. Vivemos em uma democracia que nos dá o direito de escolher e construir juntos o que é melhor para nossa comunidade, cidade, estado e país. Contudo, essa construção deve ser feita com respeito, diálogo, propósito e projetos concretos – não com mentiras, baixarias e ataques. O ataque deixa marcas profundas, tanto em quem sofre quanto em quem ataca. Quem recebe o golpe sai machucado, e quem golpeia perde o respeito e a credibilidade.

Vivemos um momento em que as divisões parecem nos afastar cada vez mais. O extremismo, seja à direita ou à esquerda, sobre qualquer posição ideológica ou religiosa surge como uma força que divide, distorce e impede que encontremos o caminho do amor, paz, diálogo e da solução. Quando nos fechamos em visões extremas, perdemos o equilíbrio e a capacidade de compreender o outro. E, assim, cada extremo acaba promovendo a intolerância, o ódio e a discórdia, ao invés de buscar o entendimento e o bem comum.

A transformação que tanto buscamos para o estado e o país começa, antes de tudo, nas nossas cidades, nas nossas comunidades, nos nossos bairros. É no convívio próximo, no aprendizado cotidiano, que podemos plantar as sementes do amor, do equilíbrio, da paz e da convivência respeitosa. Somente ao fortalecer valores em nossas vidas nos bairros, escolas e lares, construiremos uma nação unida e forte. A verdadeira mudança nasce no nível local e cresce a partir daí, alcançando, pouco a pouco, todo o país.

Ao falarmos de pátria, devemos lembrar que a bandeira do Brasil não é propriedade apenas de um grupo, uma ideologia ou um lado político. A bandeira é de todos nós, brasileiros, assim como Deus não pertence a uma única voz ou religião. O amor à pátria não se define pelo extremismo, mas pelo respeito e união de todos. Deus não é um símbolo para ser usado da boca para fora; a verdadeira fé se demonstra nas ações e práticas do dia a dia. Aqueles que falam de Deus devem demonstrar esse respeito no amor ao próximo, no cuidado com a família e na compaixão pelas diferenças. Quem usa o nome de Deus para atacar, mentir, ofender ou dividir está longe de seu verdadeiro propósito.

O que o nosso país precisa é de equilíbrio. O equilíbrio nos traz amor, paz, serenidade, nos leva ao respeito e nos permite buscar o entendimento. É a partir desse equilíbrio que podemos construir uma convivência mais amorosa, harmoniosa, uma política que não se baseie na guerra, mas na construção mútua. Precisamos entender que ninguém detém toda a verdade. Cada lado tem sua importância, suas ideias, experiências e sua contribuição. É da divergência que podemos construir convergências, e dessas ideias nasce uma sociedade mais forte e justa.

Amigos(as), agora que concluímos mais uma etapa eleitoral, que possamos lembrar de que o Brasil é de todos, e que a vitória verdadeira não está na eliminação do oponente, mas na construção de uma pátria onde todos possam viver em paz. Que cada bairro, famílias, cidades e estados seja o primeiro passo para uma nação unida, forte e feliz. Que o compromisso seja com a paz, a união, com o respeito e acima de tudo com o amor. Vamos construir um Brasil onde a sua bandeira e Deus pertençam a todos nós.

Que Deus abençoe, ilumine e guie os vereadores(as), prefeitos(as) e seus vices. Que Ele permita que os eleitos sejam aqueles que realmente tenham o amor e o bem comum em seus corações, comprometidos com o trabalho em prol da população. Precisamos de líderes que valorizem o amor, o diálogo, o respeito e o cuidado com o próximo – valores que Jesus Cristo nos ensinou. Ele veio ao mundo para nos mostrar que o amor, a empatia e o serviço aos que mais precisam são o caminho, e não o ódio ou o extremismo.

Que possamos, então, usar este momento para aprender, para nos unirmos e, ao longo dos próximos anos, preparar o país para as eleições estaduais e federais, quando escolheremos nossos próximos governantes e representantes, incluindo o presidente. Precisamos de líderes que realmente compreendam o valor do amor, da dedicação e do trabalho sincero. Líderes que possam inspirar pelo exemplo e conduzir o Brasil com responsabilidade, fraternidade e paz.

Que Deus esteja conosco e que juntos possamos construir, com equilíbrio e respeito, um país melhor.

Se você conseguiu ler até aqui que o texto possa servir para uma reflexão, beijos no coração e Shalom.

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