Hoje chegamos aos cem textos publicados. Grande marca para quem jamais imaginou colaborar para um jornal impresso. Desde a faculdade de jornalismo, nunca vislumbrei escrever para um veículo impresso, embora sempre tenha adorado escrever. Logo que me formei, recebi o convite do jornal TodoDia para escrever a coluna de opinião e então me ofertaram um dia. Escolhi a sexta por acreditar que o dia representa a conclusão da semana, além de inspirar os leitores para o fim de semana.
Agora em agosto completei dois anos de escrita e revisitando minhas lembranças sobre tudo o que já abordei por aqui, posso afirmar que neste espaço já pude relatar de tudo. Apesar de ultimamente dar mais ênfase às reflexões sobre o cotidiano. Não faltaram questionamentos sobre política e saúde, conselhos para a vida, relatos de encontros e despedidas, e até mesmo poesia.
Sei que esta é uma posição de prestígio para quem é do meio e presto imensa gratidão pela oportunidade. O que mais me satisfaz é ver o impacto que estes textos geram aos leitores. Por mais que não tenha muito acesso ao reporte destes ao jornal, vez ou outra recebi o feedback.
Nunca me esquecerei da dona Vania, que fez contato com a redação me parabenizando por um dos artigos. Ela disse que chegou a recortá-lo e expô-lo em sua casa por acreditar que outras pessoas precisariam lê-lo. Via Instagram também recebo um carinho imenso. Ler que meus textos são o que as pessoas precisavam ler naquele momento não tem preço. Tudo bem que boa parte do que escrevo é também sobre o que eu preciso para o momento.
No início confesso dificuldade em encontrar temas para a escrita, o que com o tempo foi se tornando cada vez mais natural e orgânico. É engraçado pensar que muito do que aqui já foi publicado veio de reflexões na esteira da academia, no banho e através de músicas, minha outra paixão.
Quando ingressei na universidade, tinha outra ideia do que era o jornalismo ou sobre como atuavam os profissionais. Lá, inclusive, não ensinam como é o dia a dia ou a experiência completa. Aliás, acho que, no ensino como um todo, seja no fundamental, médio ou superior, faltam depoimentos sobre as experiências dos professores e outros profissionais acerca do mercado de trabalho, e também sobre assuntos que realmente nos impactam e nos é cobrado enquanto cidadão.
Sempre endeusaram muito a profissão e os papéis desempenhados. Em alguns momentos isso me fez sentir até medo do que enfrentaria no futuro. Poderiam simplificar, trazendo com maior sinceridade o que acontece de fato na rotina jornalística.
Como tudo em minha vida, ter este espaço não foi algo que almejei. Aconteceu e logo me apeguei. Ao espaço, às reflexões e também às impressões geradas aos leitores.
É preciso também agradecer o toque especial que os profissionais da redação sempre dão aos textos. Já tive contato com vários destes e agradeço o carinho e a dedicação que sempre tiveram e continuam tendo sob o meu conteúdo. É inevitável a escrita não sofrer alguns ajustes, por coesão ou espaço, e que sem dúvidas vocês mandam muito bem.
A você, leitor, que me acompanha há muito ou pouco tempo, ou então que está lendo pela primeira vez, meu muito obrigado. Agradeço por se permitir levar às reflexões que aqui proponho. Foi um experimento despretensioso, inesperado e que se tornou indispensável a mim.
Escrito por: Marcos Barbosa | Jornalista e apresentador
