quinta-feira, 18 abril 2024

Conhecimento é importante, mas não é tudo

Por Murilo Alencar 

Alavancar a carreira, mudar de emprego, buscar novas oportunidades, crescer profissionalmente. A hora pode ser agora. O Brasil registrou crescimento de 7% no total de novas vagas de emprego com carteira assinada em 2021. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que o país fechou o ano passado com saldo superior a 2,7 milhões de empregos formais. E as perspectivas continuam boas.

O avanço da vacinação e a superação do momento mais severo da pandemia de Covid-19 fizeram com que muitas empresas voltassem às atividades normais. Com a retomada da atividade econômica e o nível de desemprego retornando ao patamar pré-pandemia, é hora de se preparar para novas oportunidades no mercado de trabalho, pois elas existem.

A notícia é positiva especialmente para os profissionais ligados à tecnologia. Se nos últimos dois anos a economia e a geração de empregos foram impactadas pela pandemia, 2022 traz esperanças de retomada dos negócios e melhores oportunidades às carreiras. Ajustes nos modelos de gestão, trabalho híbrido e mudanças de comportamento e postura fazem parte de uma nova realidade.

Atividades na área da saúde devem continuar em alta, mas as profissões ligadas à tecnologia, engenharia de software, ciência de dados, segurança cibernética e infraestrutura estão entre as mais demandadas em 2022, de acordo com estudo do LinkedIn. Um fator também atrativo para a tecnologia é que o trabalho pode ser realizado de maneira remota. Ou seja: independe de onde você esteja, há oportunidades para o seu talento e ninguém mais duvida que o home office para profissionais de tecnologia será mantido. Indiscutível dizer que a globalização e as transformações digitais tiveram e têm impacto sobre o mundo do trabalho. Empresas estão investindo em inovação e absorvendo os resultados do incremento da tecnologia nos processos, operações e comportamentos.

Quem busca boa colocação profissional também precisa se moldar aos novos tempos. As habilidades técnicas – ou hard skills – não são mais a única exigência. As organizações buscam profissionais com novas habilidades. O caminho é apostar no lifelong learning, termo em inglês que significa, em tradução livre, aprendizado ao longo da vida.

O conceito que preconiza a educação contínua reforça a tese de que as soft skills – ou habilidades emocionais – são tão importantes quanto o conhecimento técnico. Para os empregadores, ter um time com soft skills desenvolvidas faz toda a diferença. Entre as habilidades mais desejadas atualmente estão resiliência, comunicação, empatia, liderança, capacidade criativa para lidar com os problemas e facilidade no relacionamento interpessoal. Nesse novo momento das relações de trabalho, ter conhecimento, sim, continua muito importante. Porém, é preciso ir além de oferecer outros atrativos para as organizações. Acredite, vale o investimento. 

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