A pandemia do coronavírus obrigou as empresas a lidarem com profundas mudanças e trouxe a necessidade de colocar em prática a digitalização dos negócios. É a chamada transformação digital, um processo longo e complexo e que, até mesmo em grandes empresas, como a SAP e a IBM ainda não é completo. Afinal, até mesmo alguns setores dessas empresas acabam tendo processos e etapas presenciais. Mas é preciso entender que a transformação digital não trata apenas de implantar tecnologias e ferramentas digitais avançadas. Ela passa especialmente por uma mudança cultural e é focada especialmente nas pessoas. Essa é uma tendência que ganhou força durante a pandemia, mas que veio para ficar e deve seguir transformando o mundo corporativo mesmo após o fim do Coronavírus. De um modo geral, destacamos quatro passos essenciais.
Quando o coronavírus surgiu muitas empresas fecharam e paralisaram as operações presenciais. O home office chegou, mas havia limitações que começavam já na área de vendas e no contato com novos clientes. Essa mudança de mentalidade na área comercial faz parte da primeira etapa do processo de digitalização. Já não era mais possível contatar clientes atuais e potenciais pelos telefones fixos ou presencialmente. Foi necessário adaptar todo o modelo. A utilização de plataformas de marketing digital para a captação de leads e a utilização de redes sociais e de ferramentas digitais se tornaram alternativas. O uso do WhatsApp, ainda visto como sinal de informalidade no mundo dos negócios, ganhou cada vez mais espaço. Além disso, os vendedores já não podiam realizar visitas presenciais aos seus clientes. Os encontros por videochamadas deveriam ser mais objetivos. Já não havia mais o olho no olho e agora pouco importa o local onde a pessoa se encontra ou como ela se veste. Foi preciso adaptar o comportamento aos novos tempos. Mudar a mentalidade dos envolvidos nesses processos também era importante.
A segunda etapa dessa transformação deve focar no empoderamento dos colaboradores. Ainda que o home office tenha sido algo muito desejado por muitos trabalhadores, outros ainda necessitavam se acostumar ao novo modelo. Já em relação à produtividade, ferramentas de controle de tarefas e acompanhamento de metas podem monitorar o desempenho dos funcionários. Mas mais importante do que ferramentas ou tecnologias, é preciso que os gestores confiem em seus funcionários e busquem as adaptações possíveis para que o trabalho remoto seja efetivo.
O mundo do trabalho se transformou e é preciso nos adaptarmos e enxergarmos a necessidade real de mudar. A mudança não pode acontecer apenas individualmente entre poucos colaboradores, mas a própria empresa deve ser um ambiente propício a essas transformações. É preciso pensar estrategicamente e mudar a cultura das empresas. Afinal, mesmo após o fim da pandemia todas essas transformações serão mantidas.
Escrito por: Elvis Gomes de Matos | Diretor de Negócios Latam da Gateware