sábado, 12 abril 2025
Reflexões sobre o ODS 5

Igualdade de Gênero ainda é um desafio urgente

Por
Rev. Ailton Gonçalves Dias Filho, Pastor Presbiteriano e Rafaela de Angelis Gordo, Estudante de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie
Foto: Divulgação

Dando continuidade às reflexões sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU para serem alcançados até 2030, hoje voltamos nosso olhar para o ODS número 5: Igualdade de Gênero.

Trata-se de um princípio fundamental que busca garantir que homens e mulheres tenham os mesmos direitos, deveres, tratamentos e oportunidades em todos os âmbitos da vida cotidiana.

Entretanto, mesmo sendo uma pauta essencial, a igualdade de gênero continua sendo frequentemente violada na sociedade atual. A discriminação por motivo de gênero ainda se faz presente em diversos contextos sociais.

A mulher não é cidadã de segunda categoria. Possui os mesmos direitos e deveres que os homens.

No mercado de trabalho, por exemplo, é possível observar várias distorções. Apesar do avanço na participação feminina, as mulheres ainda enfrentam desafios significativos, como maiores taxas de desemprego, salários inferiores e ocupação em áreas menos valorizadas economicamente.

Quando se fala em disparidade salarial, evidencia-se uma desvalorização estrutural do trabalho feminino, o que impacta diretamente não apenas a mulher, mas também suas famílias. Salários inferiores limitam o acesso à educação, à qualificação e a melhores oportunidades de vida.

Outro ponto preocupante é o estereótipo de gênero, que ainda atribui à mulher uma suposta falta de qualidades valorizadas no ambiente profissional — como a capacidade de liderança. Esse mito contribui para desvalorizar e marginalizar a atuação feminina no mercado de trabalho.

Dentre as metas traçadas pela ONU para o ODS 5, destacamos algumas:

  • Eliminar todas as formas de discriminação contra todas as mulheres e meninas. Meta ousada, mas indispensável.
  • Eliminar todas as formas de violência contra as mulheres, inclusive no ambiente doméstico e público. É inadmissível o nível de violência que ainda se pratica contra o gênero feminino em tantos países — inclusive no Brasil.
  • Eliminar práticas nocivas, como o casamento infantil, precoce e forçado, além da mutilação genital feminina.
  • Promover reformas que garantam às mulheres igualdade de acesso a recursos econômicos, incluindo a posse de terras, acesso a serviços financeiros, herança e recursos naturais.

O espaço aqui é pequeno para tratar de assunto tão amplo, urgente e necessário. Mas a reflexão está lançada.

É isso.

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