Ele foi um jornalista com uma visão social à frente de seu tempo. Seu legado é incomensurável e até hoje desfrutamos dos benefícios de sua iniciativa. Estou falando de Robert Raikes, jornalista inglês que, no final do século XVIII, teve a ideia de, aos domingos, dar aulas para crianças com vulnerabilidade social.
As aulas eram de aritmética e linguagem, juntamente com ensinos de textos bíblicos e princípios cristãos. Estranhamente, a ideia do jornalista não agradou a todos. As igrejas da época consideravam desnecessárias tal iniciativa.
Raikes foi acusado de profanar os domingos. A intolerância eclesiástica não desanimou o jornalista. Ele publicou uma série de artigos defendendo, apaixonadamente, a ideia de usar os domingos para a ministração dessas aulas. Os textos acabaram convencendo a comunidade cristã da importância do empreendimento.
Em pouco tempo, o movimento expandiu-se e as aulas dominicais passaram a ser oferecidas também aos adultos. As escolas dominicais foram se espalhando. No final do ano de 1784, cerca de 250 mil alunos estavam matriculados em diversas escolas dominicais, com diversos cursos, em toda a Grã-Bretanha.
A novidade atravessou o Atlântico e foi cruzando fronteiras. O século XIX viu as escolas dominicais florescerem em vários outros países. No Brasil, teve início com o médico escocês Robert Kalley e sua esposa Sarah. Chegaram ao Rio de Janeiro em 1855. Instalados em Petrópolis, iniciaram uma escola dominical em 19 de agosto com 05 crianças. Não podemos desprezar os pequenos começos.
Hoje, nas igrejas reformadas sérias, a escola dominical continua seu funcionamento. É um espaço fantástico para a formação cristã do indivíduo. É um espaço fantástico para o aprofundamento do conhecimento das Escrituras, em todas as faixas etárias. É também um espaço para a integração social, num ambiente acolhedor, de comunhão e que não tem contraindicação. É bom participar!
É isso!