Por Ailton Gonçalves
Ipanema tem uma vocação agropecuária. Sua produção de leite e seus derivados destacam-se. O principal foco é a apresentação da vedete do evento, que é o maior queijo do mundo. Esse é o título que minha querida cidade roga para si. Terra do maior queijo do mundo. De fato, o queijo é medido e pesado na presença da população, da imprensa e dos auditores do Guinness. Afinal, tem que ser registrado e comprovado. O fato que, ano após ano, o título tem se confirmado. Tem também despertado o interesse de outros municípios brasileiros, também com vocação agropecuária, na tentativa de produzir um queijo maior e “roubar” o título pelo qual a cidade quer ser conhecida doravante.
Em Ipanema, há de se registrar, minha irmã Maria Amélia (nome lindo), em sua simplicidade e gentileza, já produzia, há muitos, o melhor queijo do mundo. Uma delícia! Ela que, por timidez talvez, nunca fez alarde da gostosura de seus queijos. Mas, os ipanemenses poderão comprovar a veracidade do que estou escrevendo.
Já não é de hoje que a vocação do Estado de Minas Gerais tem se destacado na produção de queijos. Recentemente, o queijo da Serra da Canastra foi avaliado como um dos melhores do mundo, estando como o número um dos queijos.
O de Ipanema chama a atenção por seu tamanho. Creio que, o melhor de Ipanema não é o queijo, é sua gente. Seu povo. Povo gentil. Hospitaleiro. Povo pacífico, apesar da lembrança que tenho dos dois grupos políticos da cidade, com nomes assustadores: “Corta-guela” e “Fura -nuca”. Isso nos idos anos 60 e 70. Hoje, não mais. Hoje, os queijos apaziguaram os políticos mais exaltados. Povo que “não amarra boi com embira”. Povo que adora, às tardes, coar um cafezim e um queijim fresquim. Trem bão danado. A cidade do maior queijo do mundo tem a melhor hospitalidade das Minas Gerais. Se algum dia você for para aquelas bandas, no Vale do Rio Doce, visite Ipanema e verá que escrevo a mais pura verdade. Confesso minha suspeição.
Por um mundo com mais queijos, mais sabores e mais amores.