
O mal está sempre à porta do nosso coração e da nossa mente. Dizer isso é reconhecer que ele ronda tanto a nossa razão quanto as nossas emoções. Trata-se de uma presença sutil e persistente, que tenta nos alcançar de forma integral — por isso, a vigilância nunca é demais.
Às vezes, conseguimos resistir ao mal com a razão, mas ainda assim podemos entregar-lhe as nossas emoções. E que tarefa difícil é essa: administrar a nós mesmos quando somos alvo de suas investidas! Difícil porque o mal nos tenta o tempo todo. Difícil porque, em certos momentos, ele nos seduz — especialmente quando toca desejos secretos que repousam em nossa frágil humanidade.
Mas, então, o que fazer?
Antes de qualquer coisa, é preciso autoconhecimento. Conhecer-se é reconhecer-se humano: limitado, falho, pecador. E esse reconhecimento nos torna mais conscientes de quão vulneráveis somos ao mal.
Depois disso, é essencial aprender a domar as nossas impulsividades — sobretudo aquelas que nos roubam o fôlego da alma, nos impedem de respirar fundo e nos arrastam a agir ou falar sem reflexão.
E, por fim, talvez o mais importante: viver em comunhão com o Senhor. Nele encontramos livramento, sabedoria e força para cada batalha.
Por isso, posso dizer com tranquilidade: se o mal está à espreita, o bem também está. E mais — o bem está dentro de nós, pela presença viva do Espírito Santo. Ele nos assiste, nos consola, nos guia. Assim, embora a luta seja real e difícil, ela nunca será injusta. Não estamos sozinhos. O bem, em Cristo, está sempre presente — acessível, disponível, maior.
Desejo, de coração, que você, querido leitor, permaneça firme. Não desanime. O bem é mais forte. O bem vencerá.
Com carinho fraterno,
Rev. André Luís Pereira