sexta-feira, 19 abril 2024

Vacina, segunda onda e armas

A pandemia continua inclemente nesse nosso Brasil e pelo mundo, e a politicagem, aqui no nosso país, também. O nosso “presidanta” sancionou decreto, há poucos dias, que autoriza todo cidadão brasileiro a ter não apenas uma arma de fogo, mas quatro. Isso mesmo, qualquer um pode registrar a compra de até quatro armas. Legal, não é? Pode até ser legal, daqui em diante. Mas que absurdo, não? Já não temos violência o suficiente? Política de flexibilização de armas juntamente quando a violência só tem aumentado. Governo bom, esse: quer que todo mundo se arme até os dentes, desvaloriza o meio ambiente, destruindo os órgãos de fiscalização e defesa, minimiza a pandemia assassina e por aí afora. Cada vez melhor. 

A Rússia está fazendo burburinho com a sua vacina, “descoberta” recentemente, dizendo que vai começar a produzir milhões de doses. Mas a terceira fase, de testes em grande número de pessoas para verificar a eficácia e segurança, só começa esta semana, segundo a imprensa. Você, leitor, tomaria a vacina da Rússia, sem os testes, se ela fosse oferecida hoje? 

Estão falando em segunda onda da pandemia em alguns lugares pelo mundo, quer dizer: o pico que muitos países já tiveram, não significa que a curva não volte a subir. O vírus pode se modificar, segundo alguns cientistas e infectologistas, entrevistados em diferentes redes de televisão, inclusive e principalmente em canais internacionais. Infelizmente, apesar de se saber muito pouco sobre a Covid 19, ainda, cada vez mais a coisa se agrava: as autoridades da infectologia estão concordando que pode haver uma segunda leva da doença, como parece que já está havendo em alguns países. O vírus, segundo alguns, está se modificando. Isso é catastrófico. Precisamos de uma vacina eficiente e eficaz. Mas ela funcionará por muito tempo ou será igual a vacina da gripe, que a gente tem que tomar todo ano? Não há respostas para nada, ainda, desgraçadamente. E as pessoas continuam morrendo. 

Voltando à politicagem: o “presidanta” sancionou a lei que desobriga creches, escolas e instituições de ensino superior a cumprirem o mínimo de 200 dias letivos em 2020. Mas vetou alguns trechos, como sempre. O texto sancionado agora prevê que a carga horária mínima de 800 horas ainda precisa ser cumprida para os alunos do ensino fundamental em diante. No entanto, as instituições podem escolher compensar os dias letivos perdidos em 2021, mesmo que o aluno esteja cursando o ano escolar seguinte. Beleza, não? Mesmo sem praticamente ter tido aulas, os estudantes passarão de ano. Para um país que está com a educação falida, este é o golpe de misericórdia. 

 
Escrito por: Luiz Carlos Amorim | Escritor e editor

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