sexta-feira, 18 abril 2025
GESTÃO

Responsabilidade fiscal e governança sólida são focos da nova presidente do Grupo Chavantes

Letícia Bellotto Turim assume Organização Social de Saúde responsável pela gestão do Hospital Municipal de Americana, UNACON, UPA Dona Rosa e UPA São José
Por
Redação
A advogada e especialista em gestão pública Letícia Bellotto Turim acaba de assumir a presidência do Grupo Chavantes.

A advogada e especialista em gestão pública Letícia Bellotto Turim acaba de assumir a presidência do Grupo Chavantes, Organização Social de Saúde (OSS) responsável por 30 projetos espalhados em seis estados brasileiros, incluindo a gestão do Hospital Municipal de Americana, do Centro Oncológico de Americana (UNACON), e das UPAs Dona Rosa e São José, todas na região de Americana, São Paulo. A atuação posiciona a OSS como a oitava maior entidade do setor no país.

Com uma trajetória marcada pela combinação entre sensibilidade social e rigor técnico, Leticia tem como prioridades fortalecer a governança, garantir sustentabilidade financeira e investir em inovação para ampliar o impacto dos serviços prestados à população.

A nova presidente é a primeira mulher a ocupar o cargo máximo da entidade, consolidando um percurso que começou em 2009, quando ingressou no curso de Direito. Ainda na graduação, se destacou por estágios em instituições como a Justiça Federal e o INSS, além de atuar voluntariamente na Defensoria Pública. Desde o início, a preocupação com a justiça social e a equidade já se mostravam presentes.

Em 2014, ampliou sua formação com uma nova graduação em Ciências Contábeis, o que agregou uma perspectiva estratégica à sua atuação. No ano seguinte, passou a colaborar com a Irmandade que daria origem ao Grupo Chavantes. Mesmo sem cargo de gestão, participava de reuniões estratégicas e contribuía com demandas jurídicas, antecipando um protagonismo que viria nos anos seguintes.

Sua atuação foi se tornando cada vez mais estratégica, estanho à frente da estruturação de setores como contabilidade, prestação de contas, recursos humanos, medicina do trabalho e compliance — medidas que elevaram os níveis de transparência, controle e governança.

“Minha trajetória me preparou para este momento. Cada etapa contribuiu para que eu compreendesse, de forma ampla, os desafios da saúde pública e a importância de uma gestão eficiente, ética e sensível às necessidades da população”, afirma Letícia. “Assumir esse cargo é uma responsabilidade que vai além da função. É uma forma de mostrar que as mulheres têm papel central na construção de um setor de saúde mais justo, inovador e humano”, completa ela que, em 2022, foi selecionada para o CBEX Futuro, maior programa de desenvolvimento de lideranças em saúde do país.

Qualidade e eficiência em contextos distintos
Com unidades em diferentes regiões e contextos, Letícia acredita que a padronização de processos e o foco em indicadores são caminhos para manter a eficiência e a qualidade. “Cada realidade exige uma abordagem específica, mas os princípios de gestão e a busca pela excelência precisam estar presentes em todas as unidades”, explica.

Para ela, os principais desafios da gestão hospitalar hoje envolvem o equilíbrio entre qualidade assistencial e sustentabilidade financeira, algo que exige planejamento, inovação e responsabilidade. “A saúde precisa ser tratada com a mesma seriedade que grandes organizações privadas tratam seus negócios, sem perder de vista o interesse público e o bem-estar coletivo”, diz.

A tecnologia também está no radar da nova presidente. Letícia pretende intensificar o uso de sistemas de gestão integrada, inteligência de dados e soluções que otimizem rotinas e promovam melhores resultados assistenciais. “A inovação é uma aliada fundamental para ampliar o acesso e melhorar a eficiência dos serviços”, fala.

OSS como parceira do SUS
Letícia também defende o modelo de gestão por OSS como instrumento importante de fortalecimento do SUS. “As organizações sociais, quando bem estruturadas e fiscalizadas, têm capacidade de agilizar processos, atrair talentos e garantir mais qualidade à população. O preconceito em relação ao modelo ainda existe, mas precisa ser enfrentado com transparência, resultados e diálogo com a sociedade.”

Segundo ela, manter uma relação colaborativa com o poder público é fundamental para que os projetos prosperem. “Somos parceiros do município e do Estado. Trabalhamos com metas, auditorias e contratos de desempenho. A boa governança precisa ser a base dessa relação”, conclui.

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