segunda-feira, 8 setembro 2025
SAÚDE

SUS completa 35 anos em meio a avanços e desafios

Sistema Único de Saúde fortalece a saúde como direito universal e incorpora estratégias de gestão para melhorar a assistência
Por
Redação
O envelhecimento populacional, o aumento dos custos médicos e as restrições fiscais pressionam a capacidade de financiamento e gestão da rede. Foto: Divulgação

O Sistema Único de Saúde (SUS), maior rede pública de saúde do mundo, completa 35 anos em 19 de setembro,reafirmando seu papel essencial no acesso universal da população brasileira aos serviços de saúde.

Criado pela Constituição de 1988 e regulamentado pela Lei nº 8.080 de 1990, o sistema nasceu sob os princípios de universalidade, integralidade e equidade, que garantem atendimento gratuito a todos.

Segundo o Ministério da Saúde, o SUS realiza cerca de 2,8 bilhões de atendimentos por ano e atende aproximadamente 215 milhões de pessoas. Cerca de 70% da população brasileira depende exclusivamente da rede pública.

Além disso, dos 535 mil leitos hospitalares existentes no Brasil, 357 mil estão vinculados ao SUS, o que corresponde a 67% da oferta nacional. A disponibilidade desses leitos, no entanto, vem apresentando queda relativa nos últimos anos, refletindo desafios que impactam as filas de espera e a capacidade de resposta do sistema.

Nas últimas décadas, o SUS se consolidou como referência internacional em vacinação, transplantes, vigilância epidemiológica e atendimento integral em diferentes fases da vida.

Mas o envelhecimento populacional, o aumento dos custos médicos e as restrições fiscais pressionam a capacidade de financiamento e gestão da rede.

Diante desse cenário, torna-se necessário buscar modelos que aumentem a eficiência sem comprometer os princípios constitucionais que regem o sistema.

OSS ganham espaço

Nesse contexto, surgem as Organizações Sociais de Saúde (OSS), entidades privadas sem fins lucrativos contratadas por governos para gerir unidades públicas.

O modelo, presente em hospitais, UPAs e centros especializados, estabelece contratos de gestão com metas de desempenho e mecanismos de fiscalização. Defensores apontam ganhos em eficiência, agilidade administrativa e capacidade de atrair profissionais, enquanto críticos cobram maior transparência e comprovação de resultados na qualidade do atendimento.=

Entre as OSS em atividade no país, o Grupo Chavantes aparece como exemplo de expansão. A entidade conduz aproximadamente 40 projetos em seis estados, com atuação que vai de UPAs a hospitais de referência em oncologia e saúde materno-infantil. A experiência mostra como o modelo pode ser usado para ampliar a oferta de serviços em municípios e estados que enfrentam limitações estruturais.

Para a presidente do Grupo Chavantes e advogada no terceiro setor, Dra. Letícia Bellotto Turim, o ponto central está na governança e na transparência da gestão. “Esses princípios são fundamentais para garantir que cada recurso investido gere resultado real para a população. Quando há clareza nas metas e responsabilidade no acompanhamento, conseguimos ampliar a eficiência das unidades de saúde e fortalecer o SUS como um todo”, afirma. Segundo ela, a experiência evidencia que, quando bem estruturado, o contrato de gestão permite conciliar eficiência administrativa com responsabilidade social.

Sobre o Grupo Chavantes

A OSS (Organização Social de Saúde) Grupo Chavantes gerencia mais de 40 projetos espalhados em seis estados brasileiros, o que a posiciona como a oitava maior entidade do setor no país, com uma gestão anual de aproximadamente R$ 720 milhões.

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