Em todo o estado de São Paulo, mais de 1.450 sentenciados do regime semiaberto beneficiados com a saída temporária na semana passada estão foragidos da Justiça
Dos cerca de 4.150 detentos do regime semiaberto em prisões da RMC (Região Metropolitana de Campinas) que foram beneficiados com a saída temporária na última semana, 154 não retornaram às unidades prisionais na última segunda-feira (20), prazo final concedido a eles.
Dos 34.576 sentenciados liberados para essa “saidinha” em todo o estado de São Paulo, 1.455 (ou 4,2%) não voltaram às prisões. Os números foram divulgados nesta quarta-feira pela SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) do estado de São Paulo.
A quantidade de fugitivos na RMC representa 17,2% de todos os presos do estado que permaneceram nas ruas após a saída temporária do último final de semana.
A medida chegou a ser suspensa durante os primeiros nove meses da pandemia de Covid-19 e passou a ser concedida novamente apenas neste ano.
O CPP (Centro de Progressão Penitenciária) de Hortolândia foi o que apresentou maior número de condenados que descumpriu a determinação: 73 dos 1.583 beneficiados não apareceram na segunda.
Já o CPP Prof. Ataliba Nogueira, de Campinas, não registrou o retorno de 72 dos 2.109 liberados na semana passada para a “saidinha”.
Da Penitenciária Odete Leite de Campos Critter, de Hortolândia, voltaram 157 dos 162 presos em saída temporária.
A Penitenciária Hortolândia III e o Centro de Ressocialização de Sumaré tiveram dois condenados cada que permaneceram nas ruas.
A partir de agora, os detentos que não voltaram são considerados foragidos da Justiça e, se capturados, deverão cumprir a pena em regime fechado.
É proibida a saída temporária de condenados por crimes hediondos.