
Alfred Johnson, acusado de assassinar a tiros o ativista cultural Wagner Luiz Alves, de 37 anos, em abril de 2021, irá a júri popular. O crime aconteceu durante uma reunião no Parque São Miguel, em Hortolândia. A data do julgamento ainda será definida pelo juiz da 1ª Vara Criminal da cidade, André Forato Anhê.
Homicídio qualificado
Johnson é réu por homicídio qualificado por motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima e uso de arma de fogo. Ele também responde por tentativa de homicídio contra outra pessoa que estava no local e sobreviveu.
Tese da defesa rejeitada
De acordo com a denúncia do Ministério Público, a tese de legítima defesa, alegada pela defesa de Johnson, foi rejeitada. O réu se recusou a fazer um exame de sanidade mental, o que inviabilizou a perícia.
O juiz considerou que há provas suficientes da materialidade dos crimes. O sobrevivente do ataque, que é testemunha-chave, relatou que a reunião era sobre a criação de ONGs e contava com a presença de oito pessoas, além de Johnson e sua esposa, que estava grávida na época.

Testemunha descreve o crime
A testemunha contou que o acusado, que trabalhava como mecânico e estava hospedado no local para consertar um carro, ficou distante durante o encontro. No entanto, no final da tarde, Johnson desceu de um mezanino, gritando em dialeto, e se aproximou por trás do depoente, apontando uma pistola prateada para sua cabeça.
Ao perceber que Johnson iria atirar, a testemunha correu. O acusado disparou cinco vezes em sua direção e, enquanto a vítima tentava fugir pelo portão, efetuou mais quatro disparos, um dos quais a atingiu acima da cintura.
Atualmente, o acusado continua preso em uma penitenciária da região. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do réu.