quinta-feira, 11 setembro 2025
DESAPARECIDOS NO PARANÁ

Advogado de suspeitos de homicídios diz receber ameaças

OAB de Americana divulgou nota de repúdio às intimidações
Por
Cristiani Azanha

Um advogado de Americana, Renan Farah, que defende os suspeitos de quatro homicídios no Paraná, alega ter recebido ameaças de morte.

O caso, ocorrido em Icaraíma (PR), no início de agosto, envolve seus clientes, o empresário Antonio Buscariollo, de 66 anos, e seu filho, Paulo Ricardo Costa Buscariollo, de 22.

Prisão temporária decretada

Apesar de os corpos das supostas vítimas ainda não terem sido localizados, a Justiça decretou a prisão temporária dos dois investigados.
Eles são apontados no desaparecimento de Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi, Diego Henrique Afonso e Alencar Gonçalves de Souza. Este último, de acordo com a defesa, teria uma dívida com os suspeitos.

Versão da defesa

Segundo o advogado, a dívida está relacionada a uma negociação de fazenda.
“Meu cliente vendeu uma fazenda para Alencar, que não conseguiu pagar e acabou desfazendo o negócio. Mas afirmou que queria R$ 100 mil pelas benfeitorias que foram feitas na propriedade. Meus clientes entenderam que R$ 15 mil estaria bem pago. Eles chegaram a ir até a fazenda dos meus clientes no dia 5 de agosto e depois não os viram mais”, afirmou Farah.

A TV TODODIA teve acesso a um áudio que teria sido enviado aos clientes do advogado. Farah acrescentou que, independentemente de acharem que seus clientes têm culpa ou não, todos têm direito à defesa.

Advogado de Americana afirma que continuará no caso. Foto: Alessandro Araujo/TV TODODIA

Nota de repúdio da OAB

A subseção da OAB de Americana divulgou nota de repúdio às ameaças sofridas pelo advogado.
No comunicado, a entidade afirmou: “A advocacia, definitivamente, não se curva diante de intimidações. Defender o advogado é defender a própria sociedade, pois o livre exercício da profissão constitui garantia fundamental para a proteção dos direitos e liberdades de absolutamente todo cidadão.”

O advogado Dinael de Souza Machado Júnior, presidente da Comissão de Direito Penal e integrante da Comissão da Prerrogativa da OAB, destacou que a instituição acompanha o caso:
“Assim que soubemos do ocorrido, entramos em contato com a Seccional do Paraná e estamos acompanhando tudo de perto”, disse.

Outro lado

A reportagem entrou em contato com a advogada que representa as famílias das vítimas, mas não obteve resposta.

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