Dois advogados do vereador Cássio Luiz Barbosa (PL), conhecido como Cássio Fala Pira, alegam abuso de autoridade e ilegalidade nas ações da Polícia Civil na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Piracicaba. O parlamentar está preso desde a última quinta-feira (9), após ser denunciado por assédio sexual por cerca de dez mulheres.
Defesa alega violação de direitos
Os advogados José Osmir Bertazzoni e Jonas Parisotto afirmam que estiveram na DDM para averiguar uma reunião entre supostas vítimas e testemunhas do caso, mas alegam que houve violação dos direitos do vereador, como o ao contraditório e à ampla defesa.

Delegada responde às acusações
Em nota à TV TODODIA e em vídeos publicados nas redes sociais, a titular da DDM, Olívia Fonseca, explicou que o encontro na unidade tinha caráter orientativo e não se tratava de um registro de boletim de ocorrência, motivo pelo qual ela não estava presente, mas foi acionada posteriormente. Ela também repudiou a postura dos advogados, que entraram na sala onde ocorria o atendimento, reforçando que o foco da unidade é o acolhimento e o suporte às vítimas.
A delegada destacou ainda que o caso corre sob segredo de justiça e que a DDM é um espaço de escuta e orientação. Segundo ela, a repercussão do caso incentivou as mulheres a procurarem a delegacia em grupo, após formarem uma rede de apoio. A unidade reafirma seu compromisso com a apuração da verdade dos fatos, de acordo com a nota.

Prisão e suspensão do mandato
Cássio Fala Pira está detido no Complexo Penitenciário de Tremembé, após audiência de custódia. Na última segunda-feira (13), a Câmara Municipal oficializou a suspensão do mandato parlamentar ao cumprir decisão judicial.
Reeleito para o segundo mandato, Cássio nega as acusações e afirma ser alvo de perseguição política. Sua defesa sustenta que irá comprovar a inocência.





