
O autor do disparo que matou a jovem Rayana Raissa Albuquerque de Matos, de 21 anos, na madrugada de terça-feira (16), se entregou à Polícia Civil por volta das 11h desta segunda-feira (22), na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Hortolândia. Ellyton Matheus Silva Santos, de 19 anos, chegou acompanhado da advogada Andressa Ferreira, entrou na unidade com um capuz sobre a cabeça e prestou depoimento aos investigadores.
A prisão preventiva do suspeito já havia sido decretada pela 1ª Vara Criminal do Fórum de Hortolândia no próprio dia do crime e foi cumprida após a apresentação espontânea. A Polícia Civil mantém o caso enquadrado como feminicídio.
Versão apresentada pela defesa
Segundo a advogada, Ellyton alegou que o disparo teria sido acidental. De acordo com a versão apresentada, o tiro ocorreu durante uma tentativa de tirar uma fotografia com Rayana dentro do banheiro da residência da mãe do rapaz, no Jardim Terras de Santo Antônio, onde o casal morava havia cerca de dois meses.
Ellyton e Rayana mantinham um relacionamento estável havia aproximadamente dois anos e tinham um filho de apenas dois meses. Desde o crime, a criança permanece sob os cuidados do avô materno.
Dinâmica do crime
Conforme informações repassadas pela Polícia Militar, que atendeu a ocorrência, o suspeito teria saído da residência por alguns minutos enquanto a companheira preparava o jantar. Ao retornar, chamou Rayana até o banheiro. Pouco depois, a mãe de Ellyton ouviu um disparo.
Em seguida, o rapaz saiu do banheiro em estado de desespero e afirmou que havia matado a companheira ao tentar tirar uma foto. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas a equipe constatou que a jovem já estava sem vida.
A arma utilizada, uma pistola, ficou inicialmente caída ao lado do corpo da vítima. Logo após o crime, Ellyton fugiu do local com outro homem, em uma motocicleta. Ainda segundo a apuração policial, a arma teria sido retirada do banheiro por esse segundo indivíduo, que não foi identificado naquele momento.

Investigação em andamento
O corpo de Rayana Raissa foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização de exame necroscópico. Desde o início das investigações, a Polícia Civil descartou a hipótese de acidente e trata o caso como feminicídio.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que as investigações prosseguem para o esclarecimento completo dos fatos, incluindo a apuração sobre a retirada da arma do local e a participação de terceiros após o crime.
Onde buscar ajuda
Em situações de risco envolvendo mulheres e meninas, a orientação é acionar imediatamente a Polícia Militar pelo telefone 190 ou a Central de Atendimento à Mulher pelo número 180. Os serviços funcionam 24 horas por dia.





