
O veículo que atropelou e matou um ciclista de 53 anos na madrugada de quarta-feira (24) na Rodovia Campinas-Monte Mor (SP-101) era “clonado”, apontaram a Polícia Militar Rodoviária (PMR) e a Polícia Civil. Ou seja, utilizava as placas de outro veículo devidamente legalizado.
Fogo
Além disso, a Polícia concluiu que foi o próprio condutor que colocou fogo no carro instantes após o acidente fatal, fugindo do local em seguida.
A ocorrência
O atropelamento fatal aconteceu às 5h41 da manhã do dia 24, no quilômetro 12 da rodovia, na altura do Jardim São Bento, em Hortolândia. O condutor do veículo fugiu sem prestar socorro.
Segundo os órgãos de segurança, policiais rodoviários que atenderam a ocorrência conseguiram identificar as placas do veículo mesmo após o incêndio. E as placas indicaram que o automóvel de passeio estava registrado em Monte Mor.
“No local, constatou-se que o automóvel Fiat Argo, cor preta, placas de Monte Mor/SP, conduzido por indivíduo não identificado, colidiu frontalmente contra uma bicicleta. Após a colisão, o condutor do automóvel ateou fogo no veículo e evadiu-se do local, sendo as chamas controladas pela equipe do Corpo de Bombeiros”, informou a PMR.
Como já havia sido informado pela Artesp no dia do acidente, em decorrência do impacto, o ciclista sofreu ferimentos graves, recebendo os primeiros socorros pela equipe de resgate da concessionária Rodovias do Tietê.
Contudo, ele não resistiu, vindo a óbito às 5h55, conforme constatado pelo médico da concessionária. Uma equipe da Polícia Científica realizou a perícia no local, e o corpo da vítima foi removido ao IML de Americana.
Surpresa no endereço do registro
Ainda na manhã de quarta-feira, a ocorrência foi apresentada no 2º Distrito Policial de Hortolândia, onde os dados do veículo foram consultados nos sistemas oficiais a partir dos dados da placa do veículo.
Durante a apresentação da ocorrência, uma equipe da Polícia Civil realizou diligências no endereço cadastrado do veículo Fiat Argo, localizando seu proprietário. Para surpresa dos policiais civis, um Fiat Argo preto idêntico ao do acidente, com as placas de Monte Mor, encontrava-se estacionado na garagem do dono do carro original.
Diante disso, levantou-se a suspeita de que o veículo envolvido no acidente mais cedo era, na verdade, um possível “dublê”. O proprietário do veículo original foi conduzido à delegacia para prestar depoimento e liberado posteriormente, por não ter relação com o atropelamento.

“Clone” foi totalmente destruído
Já o Fiat Argo envolvido no sinistro foi totalmente consumido pelas chamas, impossibilitando a identificação dos números originais de chassi ou de motor.
O automóvel foi apreendido e encaminhado ao pátio de apreensões do DER, em Nova Odessa, para passar por uma perícia mais detalhada. A bicicleta da vítima foi retirada do local por um amigo do falecido.
O caso segue agora em investigação por parte da Polícia Civil, que busca identificar o condutor do automóvel envolvido no atropelamento. Ele não havia sido localizado até o final da tarde de quinta-feira.