A Polícia Civil vai pedir, na Justiça, o mandado de prisão temporária de um corretor de 40 anos, suspeito de praticar a venda irregular de terrenos e imóveis em Sumaré, que teria causado o prejuízo total que já ultrapassaria R$ 600 mil.
O suspeito foi localizado pela Polícia Civil no bairro Campo Belo e preso em flagrante por estelionato no dia 18 de fevereiro. No entanto, foi liberado no dia seguinte após pagar uma fiança equivalente a dois salários mínimos, valor determinado durante a audiência de custódia. Relembre o caso:
O delegado Marcelo Moreschi Ribeiro, responsável pela investigação, afirmou que irá solicitar, inicialmente, um mandado de prisão temporária do corretor. Isso porque o acusado teria se mudado do apartamento onde residia sem informar o novo endereço. Segundo o delegado, apenas esse fato já seria suficiente para justificar o pedido de prisão.
A cada dia que passa, as vítimas estão ficando mais desesperadas, ansiosas para recuperar o dinheiro perdido. Para a maioria, o valor investido representava a economia de uma vida inteira, enquanto outras chegaram a contrair empréstimos bancários.
Recentemente, o operador de máquinas Lauro David dos Santos relatou à TV TODODIA que entregou R$ 280 mil ao corretor para a venda de uma casa, com a promessa de construção de duas casas menores em troca.
“Um dos imóveis deveria ter sido entregue em setembro do ano passado, e o outro, em fevereiro de 2025. No entanto, nenhum deles foi iniciado. As casas seriam para os meus filhos. Foi muito decepcionante”, lamentou Santos.
Já Janaina Arruda, recepcionista, conheceu o corretor pelo Facebook. “Fizemos várias tratativas para a compra da minha casa dos sonhos. Ele fez uma simulação e me garantiu que o financiamento foi aprovado. Então, entreguei R$ 15 mil. Só depois descobri que tudo não passava de um golpe”, contou.
A reportagem não conseguiu localizar o advogado do corretor para obter um posicionamento.