A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana prendeu duas mulheres e um homem por participação em grupo criminoso especializado em golpes em desfavor de imobiliárias através de falsificação de documentos e contratos. A operação denominada “Chupim” faz referência à espécie aviária que invade ninhos de outras aves.
Equipes de investigação da DIG já vinham monitorando um grupo criminoso que agia em desfavor de imobiliárias e proprietários de imóveis da região. Os três criminosos foram presos em flagrante na tarde de terça-feira (1º) e encaminhados à sede da DIG. Todos vão responder pelos crimes de estelionato e associação criminosa.
Eles contratavam aluguel de imóveis, necessariamente mobiliados e planejados, através de uso de contratos elaborados com base em documentos falsos. Após conseguirem a liberação das chaves e consequente acesso ao imóvel, o grupo então furtava os objetos e móveis de valor, inclusive planejados.
O crime só era constatado com a inadimplência dos aluguéis que nunca eram pagos, pois quando representantes da imobiliária iam cobrar os alugueis, se deparavam com o imóvel limpo e abandonado, restando sempre prejuízos de grande monta. Os investigadores, cientes de que o grupo vinha tentando fechar contratos para adentrar em novos imóveis, conseguiram identificar uma ação envolvendo uma mulher cujo cadastro gerou suspeita.
O documento que a mulher vinha apresentando aparentava ser falso, com dados pessoais de uma médica, a equipe diligenciou de forma velada à imobiliária que era alvo do grupo criminoso e flagrou a investigada assinando contrato mediante apresentação de documento pela tela do celular.
Indagada, a mulher titubeou em informar dados de sua documentação e foi possível confirmar, através de pesquisas policiais, que o documento apresentado era falso. O contrato já havia sido assinado e as chaves foram entregues no momento da ação, quando a mulher recebeu voz de prisão.
A equipe então se dividiu e conseguiu localizar perto dali os comparsas da ação, sendo um homem e uma mulher.
A princípio houve uma negativa por parte desse casal, mas nos bolsos do homem estava o documento falso impresso utilizado para confecção do contrato, momento em que o homem acabou relatando informalmente que a intenção do trio era obter o imóvel através de contrato fraudado, entretanto, não especificou o que faria com o imóvel.