Seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos em residências e no comércio ligados a um grupo suspeito de aplicar golpes milionários por meio da falsa venda de imóveis. A ação ocorreu durante a Operação Casa de Areia, deflagrada pela Polícia Civil de Piracicaba, nos bairros Campestre e Jardim Oriente.
Estrutura da investigação: múltiplas frentes de atuação
As investigações foram conduzidas pela UPJ (Unidade de Polícia Judiciária), com apoio do 5° DP, da Seccional de Piracicaba, da Delegacia de Mombuca e da Guarda Civil Municipal (GCM), por meio da Romu.
O golpe: promessa de imóveis com condições vantajosas
Segundo a investigação, ao menos dez vítimas já relataram terem sido enganadas por uma mulher de cerca de 40 anos, considerada a principal suspeita. Ela ofertava casas e apartamentos por valores abaixo do mercado e convenciam interessados a fazer pagamentos antecipados para garantir o negócio. Em um dos casos, a vítima chegou a pagar R$ 170 mil.
Estimativa de prejuízo e composição do grupo
Os investigadores estimam que o grupo — formado por três mulheres e dois homens — tenha movimentado cerca de R$ 500 mil com os golpes.
Itens apreendidos: coleta de provas em campo
Durante as buscas, policiais apreenderam diversos materiais que foram enviados à perícia:
- Celulares
- Máquinas de cartão
- Contratos de imóveis
- Cartões bancários
- Um computador

Confissão e funcionamento do esquema
A principal suspeita confessou ter aplicado o golpe em ao menos dez moradores, sendo esse número passível de aumento à medida que as investigações avançarem. Ela relatou que obtinha chaves dos imóveis por meio de uma imobiliária local, fingindo que realizaria visitas regulares. A eventual participação de funcionários da empresa ainda será apurada.
Desfecho imediato e próximos passos
As investigadas foram ouvidas e liberadas em seguida, conforme previsto em lei. Segundo o delegado coordenador da UPJ, os materiais apreendidos devem fornecer novas provas para o andamento do inquérito e eventuais responsabilizações criminais.