Um homem foi preso em flagrante na noite desta segunda-feira (24) após ser suspeito de efetuar disparos de arma de fogo contra as residências de um policial militar e do irmão dele, em Limeira. A ação provocou troca de tiros e mobilizou equipes da Polícia Militar e da Polícia Civil.
Disparos e possível motivação
Segundo a PM, o policial — que estava de folga — acionou a corporação ao perceber que sua casa havia sido atingida por disparos. No local, ele e o irmão relataram que o autor, conhecido da família, passou em uma caminhonete branca e atirou contra as fachadas de duas casas.
A possível motivação seria uma desavença envolvendo o pagamento de uma motocicleta financiada. Após uma discussão por telefone, o suspeito teria ido ao imóvel e efetuado vários disparos. O policial afirmou ter revidado para cessar a agressão.
As vítimas também disseram que o homem retornou minutos depois e realizou novos disparos, novamente rebatidos pelo militar.
Abordagem e apreensões
Enquanto colhiam informações no local, policiais avistaram a caminhonete circulando por uma rua próxima e abordaram o motorista. Ele estava sozinho e, durante a revista, foram encontradas uma espingarda calibre 12 carregada e outra munição do mesmo calibre.
De acordo com a equipe, o homem apresentava sinais de embriaguez e havia um copo com bebida alcoólica dentro do veículo. Ele recusou o teste do etilômetro.
Imagens de câmeras de segurança registraram os tiros disparados da caminhonete e o revide do policial, que usou uma pistola .40. A Polícia Civil confirmou marcas de impactos em dois imóveis e recolheu fragmentos de munição, a arma apreendida, munições, estojos, além do copo com bebida. O celular do suspeito também foi apreendido.
Depoimentos e exames
Foram solicitados exames residuográficos para o suspeito e para o policial, além de exame toxicológico — aceito pelo detido. O militar declarou ter revidado com apenas dois disparos e disse acreditar que o autor tenha usado outra arma, além da espingarda apreendida.
O suspeito, ouvido na presença de um advogado, negou ter realizado os disparos e afirmou que apenas conversou com as vítimas sobre a motocicleta.
Prisão em flagrante
A Polícia Civil determinou a prisão em flagrante pelos crimes de tentativa de homicídio qualificado e porte ilegal de arma de fogo. Segundo o delegado responsável, há indícios de que o investigado tenha agido com intenção de matar, motivado por um desentendimento considerado fútil. Como as penas máximas ultrapassam quatro anos, não foi concedida fiança. O suspeito permanece detido à disposição da Justiça.
