terça-feira, 2 dezembro 2025
NA REGIÃO CENTRAL

Jovem sofre tentativa brutal de estupro sob viaduto em Hortolândia e se finge de morta para escapar

Ingrid Dalarmi teve de se fingir de morta para poder surpreender e confrontar o agressor; caso é investigado pela DDM
Por
Vagner Salustiano
Ingrid mostrou as lesões sofridas no rosto e pescoço durante a agressão sexual. Foto: Acervo Pessoal

A jovem Ingrid Maielly de Mendonça Dalarmi, de 23 anos, sofreu uma tentativa de estupro na noite de domingo (30) ao sair do trabalho, por volta das 22h30, na região central de Hortolândia. As agressões ocorreram sob o viaduto da Avenida Anhanguera, na passagem sobre o Ribeirão Jacuba, próximo ao Shopping Hortolândia, onde a vítima trabalha. Ela foi atingida por socos no rosto, sofreu tentativa de esganadura e foi arrastada até uma área gramada, onde o agressor tentou tirar suas roupas.

Segundo o relato, Ingrid reagiu, feriu o agressor e conseguiu escapar após se fingir de morta. Mesmo assim, teve lesões no rosto e pescoço. Ela passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal de Americana nesta terça-feira (2) e recebeu atendimento no Hospital Mario Covas logo após o crime, ainda na madrugada de segunda-feira. Pela manhã, procurou a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), que registrou a ocorrência como tentativa de estupro e lesão corporal.

Vítima decide se identificar publicamente
A jovem optou por se identificar e mostrar o rosto, buscando mobilizar as autoridades para encontrar o agressor. Ela relatou como foi abordada duas vezes nas proximidades do viaduto, inicialmente na passarela sobre o Ribeirão Jacuba.

“Eu saí do trabalho umas 22h. Foi debaixo daquela via por onde passam os carros. Primeiramente, ele me abordou na passarela, falando que a esposa dele trabalha no shopping e perguntou: ‘Moça, o shopping está fechado?’ Eu falei: ‘Moço, o shopping está fechado porém tem sim algumas lojas abertas’”, contou.

Segundo Ingrid, o homem reapareceu quando ela descia as escadas. “Ele me abordou falando assim: ‘Moça, acabou de passar um casal aqui que deixou um nenenzinho debaixo do pontilhão’. Eu, como fui muito inocente em acreditar, fui lá para ver. Mas eu não estava escutando choro de criança, e foi quando aconteceu tudo”.

A jovem relatou que o homem a atacou logo em seguida. “Ele me enforcou, deu um puxão, me deitou no chão, continuou a me enforcar, e colocou a mão na minha boca para eu não conseguir falar nada. Eu me fingi de morta. Quando ele viu que eu não tinha mais reação de nada, e percebi que ele estava cansado de tentar me enforcar, falei: ‘É agora’. Empurrei ele, dei um soco na cara dele e falei: ‘Some daqui agora, infeliz’. Ele ainda teve a ousaria de me dizer: ‘Calma moça, eu vim te ajudar’”.

A vítima descreveu o agressor como um homem de baixa estatura, acima do peso, barriga saliente, pele morena, cabelos baixos e início de calvície. Segundo ela, ele parecia estar de bicicleta.

Caso segue em investigação pela equipe da Delegacia da Mulher de Hortolândia. Foto: Vagner Salustiano/TV TODODIA

Mãe da vítima relata indignação
A mãe de Ingrid, Maria Ivonete Silva de Mendonça, afirmou estar abalada e revoltada com o caso. “Ontem (1º) foi meu aniversário, ela me ligou de outro número e contou que estava na delegacia, só que eu não tinha noção da gravidade. Ela está toda machucada, o rosto dela está todo machucado. Quando vi isso fiquei muito abalada”, disse.

Segundo a mãe, o agressor teria acompanhado a rotina da filha. “Um cidadão desse tem de ser preso e punido pelo que fez, para nunca mais mexer com ninguém. Ele armou uma emboscada para ela”.

Polícia investiga e pede informações da população
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que “a DDM de Hortolândia realiza diligências visando identificar a autoria e esclarecer os fatos. Demais detalhes serão preservados devido à natureza da ocorrência”.

As forças de segurança da cidade já receberam um alerta com as características do suspeito.

Qualquer pessoa com informações que possam ajudar na identificação ou localização do agressor pode ligar para o Disque Denúncia (181) ou para o 197, da Polícia Civil. As denúncias podem ser feitas de forma anônima.

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