Ao menos 183 armas de fogo foram apreendidas nesta quinta-feira (21) em um imóvel no bairro Parque Industrial Werner Plaas, em Americana.
A operação, realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) em conjunto com a Polícia Federal, a Polícia Militar e o Exército Brasileiro, é mais um desdobramento de uma série de ações que revela uma estrutura de fabricação e armazenamento ilegal de armamentos na região.
Arsenal escondido em compartimentos secretos
No local, onde funcionava uma empresa de tiro esportivo, os policiais encontraram 183 armas de fogo de diversos calibres, como pistolas, fuzis, espingardas e revólveres.
Boa parte do arsenal estava camuflada em cofres e compartimentos secretos, embutidos na estrutura do imóvel. Também foram apreendidas munições e equipamentos para recarga de cartuchos, sugerindo atividade contínua de manutenção ou preparo dos armamentos.
Relação com preso por tráfico de armas e crime organizado
O imóvel pertence ao filho de um homem já preso por envolvimento com comércio ilegal de armas de fogo. De acordo com os investigadores, há fortes indícios de ligação com o crime organizado.
Todo o material apreendido foi encaminhado para perícia e investigação.
Operação semelhante havia ocorrido horas antes
Não foi uma ocorrência isolada. Na noite de quarta-feira (20), uma operação conjunta entre o 10º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) e a Polícia Federal já havia desmantelado uma fábrica clandestina de fuzis em Santa Bárbara d’Oeste.
A ação teve início após a abordagem de dois veículos suspeitos em Americana, com base em investigações em andamento. Os policiais encontraram peças de armamento em fase de montagem.
Os ocupantes confessaram que atuavam na fabricação de armas e indicaram dois endereços: um depósito em Americana e uma fábrica em Santa Bárbara d’Oeste.
Produção de fuzis AR-15 em escala
No depósito localizado em Americana, havia peças suficientes para a montagem de cerca de 80 fuzis modelo AR-15. Já na oficina, foram apreendidos maquinários, moldes e ferramentas utilizadas na fabricação dos armamentos.
Os suspeitos foram presos em flagrante e levados à Delegacia da Polícia Federal em Campinas. A perícia confirmou que a estrutura operava com capacidade de produção em escala, e a suspeita é de que os armamentos abasteceriam facções criminosas.
