Uma mulher foi detida após cometer injúria racial contra um homem após uma partida de futebol realizada neste domingo (25) no Clube do Sindicato dos Metalúrgicos, em Piracicaba. O episódio ocorreu durante um torneio amador.
Segundo relato à Guarda Civil, o jogador marcou um gol durante a partida e, logo em seguida, foi alvo de provocações. Ele afirmou que uma mulher teria incitado outros atletas da equipe adversária a agredi-lo verbal e fisicamente.
Ao final do jogo, enquanto se dirigia ao vestiário, o homem contou ter sido ofendido diretamente pela mulher, que o chamou de “corno” e “macaco”. As agressões verbais geraram um princípio de tumulto, contido com a intervenção dos seguranças do clube até a chegada das forças de segurança.
As partes envolvidas foram conduzidas à delegacia, onde prestaram depoimento. Após ouvir os relatos e o depoimento de testemunhas, a autoridade policial determinou o registro da ocorrência como injúria racial.
O QUE DIZ O CLUBE
Nossa reportagem procurou o clube que, em nota, afirmou que ‘a diretoria segue acompanhando o desfecho do caso, e oferecendo a vítima todo o apoio necessário, repudia quaisquer tipos de discriminação, preconceito racial e comentários com o intuito de ofender ou coagir qualquer pessoa ou grupo social, conforme consta no Estatuto e no Regimento Interno da Entidade.’
CRIME PREVISTO EM LEI
A injúria racial está prevista no Código Penal Brasileiro e ocorre quando alguém ofende a dignidade ou o decoro de outra pessoa com base em elementos relacionados à raça, cor, etnia, religião ou origem. Diferentemente do crime de racismo, que é dirigido a um grupo ou coletividade, a injúria racial tem como alvo uma pessoa específica.
Em caso de condenação, a pena para esse tipo de crime é de reclusão de um a três anos, além de multa. Desde 2023, a injúria racial passou a ser considerada crime de racismo, o que a torna inafiançável e imprescritível, segundo a legislação brasileira.
