quinta-feira, 25 abril 2024

Operação policial mira esquema de lavagem de dinheiro por meio de sorteios de carros de luxo

Na região, policiais cumprem mandados de busca e apreensão em Santa Bárbara d’Oeste 

Os envolvidos utilizam plataformas de redes sociais como Instagram e Facebook, para anunciar rifas e sorteios de diversos bens, principalmente veículos de luxo (Foto: Polícia Civil/DEIC)

Policiais do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) realizam desde a manhã desta quinta-feira (24) uma ação contra esquema de lavagem de dinheiro e jogos de azar utilizando sorteio de carros de luxo. As equipes cumprem mandados de busca e apreensão em todo o Estado.

De acordo com informações da Polícia Civil, os alvos principais das equipes são nas cidades de São Paulo, Guarulhos e São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, e em Santa Bárbara d’Oeste, Sorocaba e Votorantim, no Interior. O objetivo da operação “Cardano” é apreender veículos, equipamentos e documentos. Os suspeitos são conhecidos na internet como influenciadores digitais e contabilizam milhares de seguidores.

A operação conta com a participação de 86 policiais da DIG (Divisão de Investigações Gerais), do Deic e apoio do Dope (Departamento de Operações Especiais) da Polícia Civil de São Paulo. As ações foram divididas em duas frentes. Em uma delas, decorrente de investigações levadas a efeito pela 2ª Delegacia da DIG (Investigações sobre Estelionato e Crimes contra Fé Pública), foram apreendidos 17 veículos e 4 motocicletas.

Os policiais responsáveis pela outra frente da operação, originada de apurações realizadas pela 3ª Delegacia DIG (Investigações sobre Fraudes Financeiras e Econômicas), apreenderam 7 veículos, 23 motocicletas e uma lancha. A maior parte dos veículos apreendidos são de luxo, e as duas equipes também recolheram documentos e equipamentos que revelam o movimento dos negócios.

Os inquéritos, que geraram os mandados de busca e apreensão, apuram organizações criminosas que se dedicam à exploração de jogo de azar e lavagem de dinheiro. Foi criada uma modalidade de jogo de azar por meio digital. Os envolvidos utilizam plataformas de redes sociais como Instagram e Facebook, para anunciar rifas e sorteios de diversos bens, principalmente veículos de luxo, obtidos com dinheiro de origem obscura.

Os investigados multiplicam o dinheiro ilícito investido nas rifas. Os valores obtidos são posteriormente aplicados em outros investimentos, com o objetivo de “lavar” e multiplicar o dinheiro de origem ilícita. Alguns dos investigados já possuem passagens policiais por crimes patrimoniais e movimentações financeiras incompatíveis com seus rendimentos declarados.

Para o transporte dos veículos para a sede do Deic, em São Paulo, os policiais precisaram contratar uma carreta-cegonha. Entre eles haviam veículos que podem chegar a custar cerca de R$ 1 milhão. Até o momento não houve prisões de suspeitos. 

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