quinta-feira, 4 setembro 2025
RÉU CONFESSO

Pai acusado de matar filho confirma crime em Sumaré

Durante a audiência, o pedreiro afirmou que a briga que culminou no homicídio teve como motivação uma disputa por herança familiar
Por
Cristiani Azanha

Um pedreiro de 57 anos confessou ter matado o próprio filho, de 37 anos, com golpes de faca, em um crime ocorrido no dia 13 de junho, na casa da família, no bairro Jardim Maria Antonia, em Sumaré. A confissão ocorreu durante a primeira audiência do caso, realizada na quarta-feira (3), no Fórum da cidade.

O acusado está atualmente preso no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Hortolândia.

Discussão por herança motivou o crime

Durante a audiência, o pedreiro afirmou que a briga que culminou no homicídio teve como motivação uma disputa por herança familiar. Ele relatou que o desentendimento entre pai e filho se intensificou nos últimos tempos, até o episódio violento.

Vítima foi encontrada na calçada com ferimentos graves

Na noite do crime, a Polícia Militar encontrou Rafael Gonçalves da Silva, a vítima, caído na calçada, em frente à residência da família, com ferimentos graves no tórax.

O pai foi localizado e preso ainda na mesma noite, próximo a uma praça no bairro. No momento da prisão, ele carregava no bolso uma faca suja de sangue, que teria sido usada no crime.

Acusação por homicídio qualificado

O promotor Ricardo Ferracini denunciou o réu por homicídio qualificado, alegando que o crime foi cometido por motivo fútil e de forma que dificultou a defesa da vítima. Se condenado por essa qualificadora, o pedreiro poderá cumprir uma pena de 12 a 30 anos de prisão.

Defesa tenta reclassificação do crime

A advogada do réu, Silvana Castro Mendes, afirmou que a defesa não contestará a autoria do crime, mas tentará reclassificá-lo como homicídio privilegiado — que pode reduzir a pena.

“Defenderemos que nosso cliente agiu sob forte emoção, o que caracteriza o homicídio privilegiado. Isso pode levar a uma pena de 6 a 20 anos, em vez da qualificada”, explicou Silvana.

Julgamento pode ir a júri popular

Nos próximos dias, o Ministério Público deverá apresentar sua manifestação. Em seguida, a defesa terá oportunidade de se posicionar. Depois disso, o juiz responsável decidirá se o caso será levado a júri popular.

Caso a decisão seja positiva, uma data será definida para o julgamento.

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