A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (23), a Operação Odysseus, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida com o tráfico internacional de drogas por meio dos aeroportos de Viracopos (Campinas) e Guarulhos (São Paulo). A investigação contou com cooperação internacional da França e Portugal, por meio da Interpol.
Mandados foram cumpridos em SP, GO e ES
Também foram executadas medidas de bloqueio de contas bancárias, sequestro de veículos e apreensão de um helicóptero comprado com dinheiro do tráfico. A aeronave, avaliada em R$ 2,09 milhões, foi alvo de confisco, junto com valores que somam R$ 10 milhões, vinculados à lavagem de capitais.
Grupo foi identificado após prisão em flagrante no aeroporto
Cerca de 50 policiais federais cumpriram 6 mandados de prisão preventiva e 8 de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal de Campinas, em cidades dos estados de São Paulo, Goiás e Espírito Santo. Os mandados se concentraram em residências de suspeitos apontados como aliciadores, financiadores e operadores logísticos da quadrilha.

As investigações começaram em fevereiro de 2024, após um casal ser preso em flagrante no Aeroporto de Viracopos com 10 quilos de cocaína escondidos em compartimentos falsos de malas. A partir deste episódio, a Polícia Federal conseguiu mapear uma rede composta por pessoas físicas e jurídicas, com ramificações no Brasil e em países como França, Bélgica e Portugal.
Foram identificadas ao menos 12 remessas internacionais de drogas, totalizando dezenas de quilos de cocaína transportados em voos comerciais.
Crimes podem somar mais de 45 anos de prisão
Os investigados poderão responder por tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas podem ultrapassar 45 anos de reclusão.
A operação recebeu o nome de “Odysseus” em alusão à figura mitológica grega Odisseu (ou Ulisses), simbolizando a longa jornada de apuração até a identificação do esquema criminoso.