quinta-feira, 12 junho 2025
BLOQUEIO REMOTO

PM de São Paulo firma parceria com o Google para combater roubo de celulares

O objetivo é agir de forma rápida para impedir o uso indevido do aparelho
Por
Andressa Oliveira

A Polícia Militar de São Paulo anunciou nesta terça-feira (10) uma parceria com o Google para intensificar o combate aos roubos e furtos de celulares no estado. A nova funcionalidade será incorporada aos Terminais Portáteis de Dados (TPDs) utilizados pelos agentes nas ruas e permitirá bloquear e rastrear dispositivos Android em tempo real, com o consentimento da vítima.

Durante o evento voltado a desenvolvedores, realizado na capital paulista, a PM detalhou o uso da ferramenta “Encontrar Meu Dispositivo”, do Google. Com ela, os policiais poderão, durante o atendimento à ocorrência, bloquear remotamente o aparelho, localizar sua posição exata, emitir um alerta sonoro ou, em casos mais graves, apagar todos os dados do celular.

“Nos terminais portáteis de dados da Polícia Militar, essa é mais uma ferramenta que queremos oferecer para garantir o melhor atendimento ao cidadão vítima de roubo ou furto. A grande ideia é o bloqueio remoto. Mas é preciso que a funcionalidade esteja ativada previamente pela vítima, senão não funciona”, explicou o capitão Pettinato, da Diretoria de Tecnologia da Informação e Comunicação da PM.

A nova funcionalidade será incorporada aos Terminais Portáteis de Dados (TPDs) utilizados pelos agentes nas ruas. Foto: Divulgação/Agência SP

A nova tecnologia será disponibilizada inicialmente apenas para dispositivos com sistema Android, que representam mais de 80% do mercado nacional. No caso de aparelhos da Apple (iOS), a PM poderá apenas localizar o dispositivo e emitir alertas sonoros, devido às restrições do sistema.

Segundo a corporação, os treinamentos para o uso da ferramenta terão início ainda nesta semana, e os recursos devem estar ativos para os policiais a partir da próxima segunda-feira, dia 16. “Dentro do link do Google, quando a vítima entrar com seu próprio e-mail e senha, conseguimos executar três ações: emissão de som, localização em tempo real e redefinição de fábrica do aparelho. São essas possibilidades que queremos utilizar”, destacou o capitão.

A Polícia Militar reforça que o uso da ferramenta é um apoio imediato à vítima e não substitui o Boletim de Ocorrência, nem as investigações oficiais. É fundamental que o número do IMEI (identificação única do aparelho) seja informado no momento do registro da ocorrência.

De janeiro a abril de 2025, mais de 24,7 mil celulares foram roubados apenas na cidade de São Paulo. Apesar do número ainda elevado, representa uma queda de 12,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

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