quinta-feira, 14 agosto 2025
EMPRESAS LESADAS

Polícia Civil desmonta esquema de atestados médicos falsos em Paulínia

Tanto o emissor dos atestados falsos quanto as pessoas que os utilizaram cometeram crimes, segundo a Polícia Civil
Por
Guilherme Pierangeli

A Polícia Civil de Paulínia cumpriu, nesta quinta-feira (14), um mandado de busca e apreensão contra um homem suspeito de comercializar atestados médicos falsos e outros documentos irregulares. A ação contou com o apoio de pelo menos dez policiais e revelou um esquema que se estendia por diversas cidades da região.

“O uso do atestado é crime. Então, isso aí causou prejuízo para as empresas. Foi uma empresa que fez um coletivo de ocorrências, por conta de uma funcionária que teria apresentado um atestado, e depois se chegou à conclusão de que ela nunca teria se consultado com aquele médico”, disse o delegado Ricardo Zinn, responsável pela investigação.

Documentos falsos

Durante as buscas, os policiais encontraram grande quantidade de atestados falsificados, carimbos de médicos e receituários controlados, inclusive de uso restrito para medicamentos e anabolizantes. “Dentro desse estabelecimento, a gente achou muitos atestados e, depois, na residência dele, a gente encontrou vários carimbos que ele usava para falsificar atestados, receitas azuis…”, relatou o delegado.

A investigação também revelou a falsificação de certificados escolares, possivelmente utilizados para conseguir empregos ou participar de concursos públicos. Foram encontradas, pelo menos, cinquenta certidões de conclusão de curso falsificadas, com nomes de escolas da região.

Entre os documentos, foram localizados carimbos e papéis com nomes de hospitais e unidades de saúde de Paulínia, Sumaré, Campinas e Hortolândia. A Polícia Civil alerta que tanto quem vende quanto quem utiliza atestados falsos pode ser punido.

Vários documentos falsificados foram apreendidos. Foto: Polícia Civil

Quem usa também comete crime

“O crime é falsificar e também usar documento falso. Apresentou um atestado na empresa para ir à praia, para passear, para emendar o feriadão, vai incidir no uso de documento falso (…) semanalmente, aqui, indiciamos pessoas que apresentam documento falso na empresa. Então, é um crime e a pessoa vai responder por isso, vai ficar com a ficha suja. É melhor andar pelo certo do que pelo duvidoso”, afirmou o delegado da Polícia Civil de Paulínia, Roney de Carvalho.

Crimes praticados

O investigado responderá por falsificação de documento público e privado, além de crimes relacionados à venda de medicamentos controlados. A Polícia Civil segue apurando o caso e identificando possíveis compradores dos documentos.

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