sexta-feira, 31 outubro 2025
PF DE CAMPINAS

Polícia Federal realiza operação contra fabricação e envio de cédulas falsas

Investigado teria realizado 80 postagens pelos Correios com notas falsificadas entre fevereiro e maio de 2025; ação ocorreu nesta sexta-feira (31), em São Lourenço da Serra
Por
Guilherme Pierangeli

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (31), a Operação Quimera, com o objetivo de desarticular um esquema de falsificação e distribuição de cédulas falsas que operava a partir do interior paulista e enviava notas adulteradas para todo o Brasil.

As investigações começaram em maio, após a prisão em flagrante de um homem em Campinas, que havia recebido uma encomenda com 20 cédulas falsas de R$ 50. A partir desse caso, os agentes identificaram o remetente das remessas e descobriram que o suspeito teria realizado ao menos 80 envios pelos Correios em menos de três meses.

Venda pela internet e destino das notas
Segundo a PF, as vendas ocorriam por meio de redes sociais, onde os lotes de R$ 1 mil em notas falsas eram oferecidos por valores entre R$ 150 e R$ 250. As cédulas eram posteriormente utilizadas em pequenos comércios e transações entre particulares — especialmente na compra de eletrônicos, celulares e videogames.

O mandado de busca e apreensão foi cumprido em São Lourenço da Serra, na Grande São Paulo, onde o suspeito reside. Ele é apontado como o responsável pela fabricação e envio das notas falsas via Correios.

As investigações começaram em maio, após a prisão em flagrante de um homem em Campinas. Foto: Polícia Federal

Crime e penalidade
A Polícia Federal reforçou que a falsificação e circulação de moeda falsa é crime previsto no artigo 289 do Código Penal, com pena de 3 a 12 anos de reclusão. A corporação também alerta para o impacto econômico da prática, que prejudica especialmente pequenos comerciantes que acabam recebendo as notas sem perceber a falsificação.

Origem do nome da operação
O nome “Quimera” faz referência à criatura mitológica formada por diferentes animais, em alusão ao caráter ilusório do crime — um esquema que simulava um negócio rentável baseado em dinheiro sem valor real.

A operação foi conduzida pela Delegacia da Polícia Federal em Campinas, com mandado expedido pela 1ª Vara Federal de Campinas.

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