O homem acusado de tentar matar a namorada com 50 facadas foi condenado a 18 anos de prisão em regime fechado, além do pagamento de indenização de R$100 mil à vítima, uma mulher de 27 anos. O julgamento aconteceu nesta quarta-feira (1°), no Fórum de Santa Bárbara, um ano após o crime, registrado em setembro de 2024.
O promotor responsável pelo caso, Rodrigo Aparecido, afirmou estar satisfeito com a decisão do júri. “Acredito que a justiça foi feita. É um caso muito emblemático, um feminicídio na forma tentada. Foi um julgamento justo, a pena foi bem dosada. Existe a possibilidade de recurso por parte da defesa, mas esperamos que a decisão seja mantida. Inclusive, não descartamos a possibilidade de também recorrer para buscar o aumento da reprimenda”, declarou.
Defesa vai recorrer
A defesa, no entanto, adiantou que irá recorrer da condenação. “A tese da defesa trabalhou em cima da desistência voluntária, mas prevaleceu a apresentada pelo Ministério Público de tentativa. O réu foi condenado a 18 anos. Vamos recorrer porque entendemos que a decisão foi contrária às provas dos autos e desconsiderou circunstâncias levantadas em plenário. O recurso já está sendo preparado” disse o advogado Wesley Santos.
Relembre o caso
A vítima, uma vendedora de 27 anos, sobreviveu ao ataque após ser entubada com perfurações no pulmão e no fígado, permanecendo hospitalizada por cinco dias. Hoje, recuperada, ela voltou ao trabalho, mas optou por não se pronunciar sobre a decisão judicial.
Após as agressões, o réu tentou fugir pulando um muro, mas se feriu e foi localizado pela Guarda Civil Municipal, acionada por vizinhos que ouviram os gritos de socorro. Ele foi preso em flagrante e permanece detido em um presídio da região.
O relacionamento entre vítima e agressor, que durou cerca de oito meses, era marcado por brigas constantes. Vinte dias antes do ataque, a mulher já havia sido estrangulada pelo companheiro, mas não registrou denúncia à época.
Na ocasião do crime, a irmã da jovem, Elenice Alves, relatou à TV TODODIA que o estado de saúde da vítima era considerado gravíssimo.
