O réu Donanfer Pereira Cardena, acusado de ter provocado a morte de Beatriz Menezes Vieira, de 18 anos, após um racha, em setembro de 2017, foi condenado a dois anos de prisão em regime aberto, com substituição por penas alternativas, entre elas o pagamento de cestas básicas. Ele há respondia o processo em liberdade
O julgamento aconteceu nesta quarta-feira (10), no Fórum de Piracicaba, e foi acompanhado por familiares da vítima. A mãe, Sônia Regina Menezes, esperava por uma pena mais severa.
Repercussão
“Mesmo assuim, meu coração está em paz, eu falei para Deus que aceitaria o resultado que fosse e então está tudo nas mãos do Senhor, estou tranquila”, desabafou a mãe da vítima.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o réu chegou a ser acusado de homicídio e, duas tentativas de homicídio, em relação a duas passageiras que estavam no carro conduzido pelo Donanfer, que sobreviveram.
Análise
No entanto, os jurados tiveram outro entendimento. O promotor Alexandre de Andrade explicou à TV TODODIA que após os debates, os jurados decidiram pela desclassificação do crime. “Eles entenderam que se tratava de homicídio culposo, na direção de veículo automotor”, disse.
A reportagem não conseguiu entrar em contato com o advogado do réu até a publicação dessa matéria.

O caso
Beatriz morreu após ficar presa debaixo de um carro que participava de um racha na Avenida Limeira, em Piracicaba, na madrugada de 7 de setembro de 2017.
O veículo, conduzido pelo réu perdeu o controle em uma curva e bateu em um poste e em uma árvore. A jovem chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.
Na época, ele estava em um VW Gol com a namorada e duas amigas, após saírem de uma festa.
Segundo a denúncia, ele teria aceitado um “desafio” de outro motorista, que iniciou a disputa de velocidade.
Na ocasião, a defesa nega que o réu estivesse alcoolizado ou em alta velocidade. Alegou ainda que ele foi fechado por outro carro e que acionou o socorro após o acidente.