O júri popular dos seis réus acusados de assassinar Maiara Fernanda da Silva Valério, jovem executada em 2022 após ser “julgada” por um suposto tribunal do crime ligado ao PCC (Primeiro Comando da Capital) está acontecendo no Fórum Criminal de Limeira desde a manhã desta quarta-feira (30), sem previsão para terminar.
A complexidade do caso e o envolvimento de uma facção criminosa exigiram um esquema especial de segurança, incluindo o bloqueio de ruas no entorno do fórum, que pode durar até sexta-feira (1º).

Chegada dos réus e comoção da família
Os réus chegaram por volta das 8h30 em viaturas da SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), sob escolta da Polícia Militar.
No local, familiares e amigos de Maiara acompanharam o início do julgamento. Muitos vestiam camisetas com a foto da jovem e carregavam cartazes com pedidos de justiça.
Crime brutal e múltiplas acusações
Maiara desapareceu em 2022 e teve o corpo encontrado em um canavial, em setembro do mesmo ano. Ela havia sido alvo de ameaças por suposta colaboração com a polícia, o que teria motivado a ação criminosa.
Os réus respondem por homicídio triplamente qualificado, cárcere privado, ocultação de cadáver e participação em organização criminosa.
Trânsito interditado no entorno do fórum
A pedido do presidente do Tribunal do Júri, juiz Fábio Augusto Paci Rocha, várias vias foram interditadas nas imediações do fórum desde a madrugada desta quarta, para garantir a segurança durante o julgamento.
As ruas interditadas são: Senador Vergueiro, Santa Cruz, Boa Morte e 13 de Maio.
O acesso de pedestres permanece liberado, e agentes de trânsito orientam os motoristas. O bloqueio pode se estender até sexta-feira (1º). Informações podem ser obtidas pelos telefones (19) 3441-2816 ou 3441-5469.
Reforço policial e medidas especiais
O julgamento conta com o apoio de diversas forças de segurança, como Polícia Militar, Força Tática e BAEP (Batalhão de Ações Especiais de Polícia).
Caso o júri se prolongue, jurados poderão ser acomodados em hotel monitorado. Já as testemunhas que não comparecerem poderão ser conduzidas coercitivamente, conforme previsto em lei.