Um homem de 30 anos, apontado como principal suspeito do assassinato do dentista Marcelo Bacci Coimbra, de 64 anos, se entregou à Polícia Civil no domingo (21), no 4º Distrito Policial da Consolação, na capital paulista. O crime ocorreu no dia 7 de dezembro, em Hortolândia, e é investigado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG), ligada à 1ª Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Campinas.
Após se apresentar, o suspeito foi interrogado pelos delegados responsáveis pelo caso. Contra ele já havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara do Júri da Comarca de Hortolândia, desde sexta-feira (19). A Polícia Civil trata o caso como homicídio qualificado, considerado crime hediondo.
Carro queimado e corpo localizado dias depois
O desaparecimento de Marcelo Bacci Coimbra foi registrado no dia 7 de dezembro. Dois dias depois, o veículo da vítima, um VW Nivus cinza, foi localizado completamente queimado na Rua Pedro Schuchiman, no Jardim Eldorado, em Sumaré. Imagens de uma câmera de segurança mostram um homem ateando fogo no automóvel e fugindo em seguida.
Já o corpo do dentista foi encontrado apenas no dia 13, em uma área verde também em Sumaré. Os restos mortais estavam carbonizados, com indícios do uso de pneus para acelerar a queima. A Polícia Militar preservou o local até a chegada da perícia da Polícia Científica.
A confirmação da identidade da vítima ocorreu no dia 19, após exames de arcada dentária e DNA realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) de Americana.
Crime não teve motivação de roubo
Segundo a Polícia Civil, a motivação exata do crime ainda não foi oficialmente divulgada, mas a hipótese de latrocínio foi descartada. Nenhum objeto pessoal ou valor pertencente à vítima foi levado, o que reforçou a linha investigativa de homicídio.
As investigações também esclareceram que o destinatário de um PIX de R$ 200 feito pelo dentista no dia do crime não teve participação no homicídio. Essa pessoa colaborou com os investigadores e auxiliou na identificação do real suspeito.
Assassinato teria ocorrido em motel de Hortolândia
Segundo a DIG de Campinas, Marcelo Bacci Coimbra teria sido morto ainda no interior de um motel localizado no Jardim Estela, em Hortolândia. O local teria sido frequentado pela vítima e pelo suspeito após passagem por uma sauna em Campinas.
Segundo a Polícia Civil, após o homicídio, o autor retirou o corpo do local, ateou fogo tanto no corpo quanto no veículo da vítima no dia seguinte e, posteriormente, fugiu para a capital paulista, onde permaneceu até se entregar.
Investigação levou à prisão preventiva
Os investigadores mantiveram contato com o suspeito ao longo do fim de semana, por meio de conversas telefônicas, até convencê-lo a se apresentar espontaneamente. A prisão preventiva já havia sido decretada em razão da gravidade do crime e das provas reunidas ao longo da apuração.
No domingo, o suspeito foi formalmente interrogado pelos delegados Marcel Fehr e Luiz Fernando Dias de Oliveira, ambos da 1ª DIG de Campinas.
Delegados destacam conclusão da apuração
Após a prisão, os delegados comentaram o desfecho da investigação. Marcel Fehr afirmou que o trabalho avançou desde o registro inicial de desaparecimento até a identificação do autor do homicídio.
Já Luiz Fernando Dias destacou que a apuração envolveu identificação do crime, pedido de prisão e captura do suspeito. Segundo ele, a conclusão da investigação reforça o papel da Polícia Civil na resposta a crimes graves e no esclarecimento dos fatos à sociedade.
Marcelo Bacci Coimbra será velado no Cemitério da Saudade, em Amparo. O inquérito segue em andamento para a conclusão dos laudos e posterior encaminhamento ao Poder Judiciário.
