sexta-feira, 26 abril 2024

Bem-vindo ao novo normal

Quando voltaremos ao normal? Quando poderemos visitar os lugares e pessoas que tanto amamos? Como será o mundo pós-pandemia? São tantas as perguntas que rodeiam nossas cabeças. A maioria delas sem respostas. Ninguém sabe ao certo como vai ser, quando acabará e quando o antigo normal voltará a fazer parte de nosso cotidiano. 

A verdade é uma só. Essa realidade não se concretizará se não unirmos nossos esforços. O resultado que temos visto, como os casos crescentes e que nunca desaceleram no Brasil, é reflexo da postura incorreta que temos praticado. 

Muitas pessoas não respeitam o isolamento social, não se privam das aglomerações, mesmo que dentro de suas próprias casas, promovendo festas, churrascos e outros encontros. Fingem estar tudo normal, mas não está. 

Se proteger, privando-se de suas necessidades, é proteger o outro também. Muitos continuam a trabalhar em locais onde outras pessoas circulam. Você deve a estas pessoas cumprir as regras estabelecidas. Não é apenas porque você não liga ou não se importa com a sua vida, mas também é sobre a consideração, a consciência e empatia que se tem pelo outro. 

Hoje, mais do que nunca, temos provado o gosto amargo de saber que grande parte das pessoas que nos rodeiam não se preocupam com as demais. Dentre estas, muitos que pregam ser cristãos, mas que não têm seguido o principal mandamento, que é amar aos outros como a si mesmo. Ou tem, não é mesmo? Às vezes, é apenas o retrato de que não portem o amor próprio. 

Como não sentir culpa de estar infringindo todas as regras? A partir do momento que existe um decreto publicado por órgãos públicos determinando o que precisa ser estabelecido, é dever cumprir. Corrupto então são apenas os políticos de Brasília? Somente aqueles que roubam do pobre e indefeso? Eu acho que não. 

Eu sei o quanto é cansativa a privação. Parece que iremos surtar e de fato surtamos. É terrível ter a sua rotina modificada sem que você possa tomar as próprias decisões. Incomoda e traz o sentimento de impotência. É doloroso estar longe de pessoas que tanto amamos. Mas também é prova de amor se privar por elas, querendo protegê-las. 

Sei que muitos criticam os que se exercitam pelas ruas. Mas é compreensível tal atitude. Faz toda a diferença ao psicológico. Não me enquadro aos que praticam tal ato, porque não gostaria de lidar com a culpa, mas também praticava diariamente exercícios físicos. Afirmo, tem sido horrível não os ter em meu dia a dia. Sei que poderia realizá-los dentro de minha casa, e já tentei, mas não consigo me disciplinar. 

A verdade é que precisamos buscar meios de nos fazer entender que este, talvez seja, o novo normal. É preciso ser positivo e manter a esperança ativa. É uma fase difícil, que gera dúvidas e incertezas, mas que estamos enfrentando e por ela passaremos. 

Todos os dias saem notícias abordando a validação de vacinas mundo afora, algumas, inclusive, em fase de testes. E mesmo que aprovadas e que cheguem até nós, será preciso entender que esta é uma nova doença e que conviveremos com ela a partir de agora. O apelo aqui é: faça a sua parte. Quanto mais nos pouparmos, mais vidas estarão seguras. 

 
Escrito por: Marcos Barbosa | Jornalista e apresentador  

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